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Polícia continua buscas pelo corpo de Eliza Samudio em Belo Horizonte (MG)
A Polícia Civil de Minas Gerais continua nesta quinta-feira as buscas pelo corpo de Eliza Samudio --ex-amante do goleiro Bruno Fernandes--, iniciadas ontem em dois locais de Belo Horizonte. Nas buscas realizadas até a manhã desta quinta, nada relativo ao caso tinha sido encontrado.
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Em reconstituição, primo de Bruno diz como foi o desaparecimento de ElizaEntenda o caso envolvendo o goleiro Bruno Segundo o Corpo de Bombeiros, ontem foi percorrida toda a mata do Planalto, área equivalente a cerca de 10 campos de futebol. Outra área que está sendo percorrida é o parque Lagoa do Nado, onde são feitas buscas em uma lagoa e em uma mata com área três vezes maior do que a percorrida ontem. Metade da lagoa e 1/3 da área de mata já foram vistoriados.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Edson Moreira, um dos réus, Marcos Aparecido dos Santos (o Bola), teria se encontrado com uma pessoa nessa região no dia do crime. Bola é suspeito de ter matado Eliza a mando de Bruno e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão.
A ex-amante do jogador foi vista pela última vez em junho, e afirmava ter tido um filho com o goleiro. Bruno foi denunciado (acusado formalmente) pelo suposto assassinato da jovem.
Além dele, também respondem pelo crime Bola, Macarrão, Dayanne Souza (mulher de Bruno), Fernanda Gomes Castro (ex-namorada de Bruno), Elenilson Vitor da Silva (administrador do sítio de Bruno), Wemerson Marques de Souza (o Coxinha), Flávio Caetano de Araújo e Sérgio Rosa Sales, o Camelo (primo de Bruno).
DEPOIMENTO
Em audiência realizada nesta quarta no fórum de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, o primo do goleiro Bruno, Sérgio Rosa Sales (o Camelo), disse que foi torturado e ameaçado pela polícia e que mentiu em depoimentos sobre a permanência de Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas, também na região metropolitana.
Sales é o único dos oito réus acusados pelo desaparecimento de Eliza que falou sobre o suposto crime à polícia e sobre o que viu no sítio do goleiro.
O primo do goleiro também pediu à Justiça de Minas Gerais a substituição do seu advogado. Sales afirmou ainda que o delegado de Contagem, Edson Moreira, responsável pelo caso Bruno, o torturou com um saco plástico e o obrigou a aceitar o advogado Marco Antônio Siqueira como defensor.
O delegado, segundo Sales, ainda o obrigou a mentir em depoimentos e na reconstituição, incriminando os outros réus.
Em um depoimento em julho, Sales havia dito à polícia que a modelo foi mantida em cativeiro no sítio de Bruno, em Esmeraldas, e que o goleiro estava na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, quando Eliza foi supostamente morta por Santos.
O depoimento dele era uma das principais provas da polícia contra Bruno.
Além de Sales, também compareceram à audiência o goleiro Bruno e outros sete réus indiciados pelo desaparecimento de Eliza.
Na chegada ao fórum, o goleiro mandou beijos para pessoas que gritaram palavras de apoio. Parentes do jogador levaram as duas filhas do casamento de Bruno e Dayanne de Souza, outra réu do caso. A mulher chegou a dar beijos nas duas crianças antes da audiência.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que em nenhum momento Sales sofreu algum tipo de constrangimento, e que nos depoimentos ele era acompanhado por seu advogado, Marco Antônio Siqueira, e por um representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Siqueira não foi localizado pela reportagem. A Folha também tentou, mas não conseguiu falar com o delegado Moreira.
Outra audiência está marcada para 8h30 desta sexta-feira (5), no fórum de Contagem, para ouvir duas testemunhas relativas ao caso.
folha.com
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