Por Altamiro BorgesA famiglia Marinho sempre manteve relações de subserviência diante dos EUA. O livro “A história secreta da Rede Globo”, um clássico do falecido jornalista Daniel Heiz, já provou que a associação ilegal com a multinacional estadunidense Time-Life, que originou a tevê do grupo, foi decisiva para a construção do império global
– além, óbvio, do escancarado apoio à ditadura militar. Até hoje circulam boatos de que certos “calunistas” da corporação midiática fornecem informações e análises para agentes da diplomacia ianque
– alguns até já foram rotulados de espiões da CIA. Com este triste histórico de servilismo, não surpreende o editorial publicado nesta terça-feira (29) pelo O Globo.
Pela enésima vez, o diário ataca o Itamaraty e defende os interesses dos EUA. Desta vez, para proteger seu satélite no Oriente Médio - Israel. Na visão colonizada do jornal, “a política externa é uma das que mais foram alteradas desde que o PT chegou ao Planalto, em janeiro de 2003. Ficou visível que o Itamaraty como instituição deixou de ter peso nas decisões, ao mesmo tempo em que uma visão de mundo condicionada por um nacionalismo de esquerda, antiamericanista, passou a ser preponderante”. Esta orientação “antiamericanista”, segundo o diário, seria a causa do novo “surto de esquerdização da diplomacia”, e visaria unir os petistas “às vésperas da mais árdua batalha eleitoral que o partido enfrentará”.
“O último sintoma do surto foi a decisão do governo Dilma de convocar o embaixador em Tel Aviv , Henrique Sardinha, ‘para consultas’, devido ao ‘uso desproporcional da força’ por parte de Israel. Havia formas menos estridentes de comunicar o justificável mal-estar com as mortes de civis em Gaza
– mas também sem deixar de registrar a contrariedade com os constantes ataques de foguetes feitos pelo Hamas contra cidades israelenses”. O Globo até critica a resposta “desequilibrada” do porta-voz israelense, que chamou o Brasil de “anão diplomático”. Mas o seu alvo principal é a política externa brasileira e, para isto, o jornal até tenta criar cizânia no interior do governo federal.
“O ministro Luiz Alberto Figueiredo, embaixador de carreira, respondeu dentro dos códigos da atividade, enquanto Marco Aurélio Garcia, assessor especial da presidência, militante petista, uma espécie de ministro das Relações Exteriores ‘do B’, manteve o nível do porta-voz israelense, classificando-o de ‘sub do sub do sub do sub do sub’
– copiando o ex-presidente Lula na resposta a um comentário de autoridade americana de que não gostou... O conceito é simples: faz-se tudo aquilo que contraria a política externa americana. Parece birra, mas há quem considere eficaz para conseguir votos”. Haja subserviência e viralatismo diante do Império!
*****
Leia também:- Vazamento da Chevron. Cadê a Globo?
- A mídia vira-lata e o acordo Brasil-Irã
- Fantástico estimula racismo na Globo
- O Mercosul na pauta da mídia vira-lata
- Mídia esconde protestos em Wall Street
- A embaixada dos EUA e a mídia colonizada
- Leonardo Boff e a mídia colonizada
- Mídia oculta presos políticos dos EUA
- Lula em Israel e os sionistas da mídia
- Três derrotas da mídia servil aos EUA
FOLHA DE SP- 25/07 BRASÍLIA - Depois de três anos e meio de uma política externa dorminhoca, o Brasil deu um pulo da cama, tomou-se de brios e partiu para cima de Israel. Em sintonia fina com o Planalto e num mesmo dia, o Itamaraty votou a favor de...
Por Mauro Santayana, em seu blog: O Palácio do Planalto informou, ontem, em nota, que o Presidente eleito de Israel, Reuven Rivlin, telefonou para a Presidente Dilma Rousseff, e pediu desculpas pelas declarações de Yigal Palmor, porta-voz do Ministério...
Por Altamiro Borges A ofensiva militar de Israel em Gaza, que já assassinou mais de 800 palestinos – inclusive crianças, mulheres e idosos –, tem gerado forte repulsa no mundo todo. Várias nações já criticaram a insana escalada de violência...
Do blog Escrevinhador: O governo brasileiro voltou a criticar nesta quarta-feira (23/07) a ofensiva de Israel em Gaza e pediu a implementação de um cessar-fogo. O governo chamou ao Brasil para consultas sobre a morte de civis na faixa de Gaza embaixador...
Por Altamiro Borges O brasileiro Paulo Vannuchi foi eleito na noite desta quinta-feira (6) como um dos três novos integrantes da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). A escolha ocorreu durante a Assembleia Geral da Organização dos Estados...