Por que adotamos avaliações externas? - CLAUDIA COSTIN
Geral

Por que adotamos avaliações externas? - CLAUDIA COSTIN


O GLOBO - 26/12

Sabemos quais são os desafios que persistem, como a reduzida melhora em matemática de 7º ano


Um dos grandes avanços que tivemos na educação brasileira nos últimos anos foi a introdução de uma cultura de avaliação, expressa em provas como o Saeb, a Prova Brasil, o Enem e a participação do Brasil no Pisa, teste internacional aplicado pela OCDE a jovens de 15 anos de 65 países. Foi este último teste que permitiu ao país recentemente constatar o atraso em que se encontra, com o 58º lugar, a despeito de ser a sétima economia do mundo. Também foi esta avaliação externa que nos mostrou que fomos o país que mais avançou em matemática, entre 2003 e 2012. Com isso, inúmeras medidas focadas poderão ser adotadas (ou reforçadas) para melhorar a educação. No caso do ensino fundamental, aplica-se a Prova Brasil a cada dois anos, para alunos de 5º e 9º anos, e com ela estabelece-se um índice, o Ideb, que permite às redes e a cada escola conhecer seus desafios.

Mas dois anos é muito tempo na vida de uma criança. Erros se cristalizam e medidas de correção só podem surtir efeito para uma próxima geração de alunos. Por isso, muitas redes optam por complementar esta avaliação com outras, de periodicidade mais curta. O município do Rio optou por realizar dois tipos de provas anuais: a AlfabetizaRio, para alunos de 1º ano, com vistas a avaliar se conseguiram se alfabetizar ao fim do ano, e a Prova Rio, para os de 3º, 4º, 6º, 7º e 8º anos, para verificar o desempenho em língua portuguesa, matemática e ciências.

Os resultados destas provas nos possibilitam aferir o grau de avanço educacional do município e de cada escola, sem riscos de autoengano, típicos de avaliações impressionistas ou de incorreções próprias de exames cujo aplicador ou corretor pode ter seus desejos de sucesso influenciando a nota. Ficamos felizes com o grande avanço da rede municipal, mas sabemos também quais são os desafios que persistem, como a reduzida melhora em matemática de 7º ano. Com isso, pudemos investir mais em materiais de apoio ao professor nos tópicos ainda não dominados pelos alunos e melhorar a formação continuada dos professores.

Utilizamos os resultados também para identificar quais alunos precisam de um reforço escolar mais forte. Para eles, foram criadas as turmas do Nenhuma Criança a Menos (para alunos de 3º e 4º anos) e do Nenhum Jovem a Menos (para os de 7º). As escolas com desempenho mais fraco ganham uma escola madrinha, de perfil parecido, mas com resultados mais positivos na prova. Esta escola ajuda a unidade com maiores desafios a elaborar e implantar um Plano de Melhoria da Aprendizagem, que é apresentado ao nível central para que as diferentes áreas identifiquem apoios possíveis. São eles também a base para descobrirmos os talentos ocultos na rede e dar-lhes visibilidade. Com isso, vamos construindo a possibilidade de dar um salto na qualidade da educação, corrigindo rumos e baseando-nos em práticas melhores e testadas. O Rio merece!




- A Ponte Entre Educação E Economia - JoÃo Batista Araujo Oliveira
O Estado de S.Paulo - 27/01 A última rodada do Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (Pisa), divulgada no final do ano passado, mostra que o Brasil continua firme no ranking entre os países com pior desempenho em educação. E os melhores...

- Pisa, (poucos) Avanços - Merval Pereira
O GLOBO - 13/12 Nos últimos dias, dois fatos mostram que não estamos bem nos diversos níveis de nossa Educação. No Pisa (em português, Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), uma avaliação internacional comparada para alunos na faixa...

- A Educação Brasileira E O Pisa - Marcelo Miterhof
FOLHA DE SP - 12/12 Parte do avanço do país na avaliação se deve aos avanços nas condições socioeconômicas dos alunos A coluna retrasada discutiu a relação entre educação e produtividade. A conclusão foi que os problemas da primeira não...

- Vai-se Uma Geração - Editorial Folha De Sp
FOLHA DE SP - 08/12 Evolução de alunos do Brasil em prova mundial é positiva, mas incapaz de transformar a realidade educacional do país no horizonte visível O Brasil melhora, mas não dá saltos. A frase, válida para diversos aspectos do desenvolvimento...

- Alunos Prestam Simulado
A Secretaria de Estado da Educação promove esta semana um teste simulado do Enem para os estudantes da rede estadual. Nesta terça e quarta, formandos do Colégio Estadual Prof. João de Oliveira participam da prova com o objetivo de preparar melhor...



Geral








.