Geral
Pouco espaço para errar - EDITORIAL FOLHA DE SP
FOLHA DE SP - 28/10
Reeleita com a menor margem de votos que o Brasil já registrou, a presidente Dilma Rousseff (PT) experimentou, um dia após sua vitória, novas doses do mesmo "apoio" que o PMDB sempre lhe garantiu.
"A bancada do PMDB não será aliada automática para qualquer matéria", asseverou o deputado federal Eduardo Cunha (RJ), líder do partido na Câmara, durante entrevista a jornalistas do portal UOL.
Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota em que questiona a ideia de um plebiscito para realizar uma reforma política, proposta definida por Dilma como prioridade do segundo mandato. Para o senador, o mecanismo mais apropriado seria um referendo --em que a população só ratifica ou rejeita mudanças aprovadas pelo Congresso.
A volumosa base aliada de Dilma, que não primou pela fidelidade nestes quatro anos, talvez encontre, na diminuição do capital eleitoral da presidente, pretexto para ampliar sua rebeldia. A oposição, por sua vez, poderá tirar do mesmo fato o ânimo de que precisa para se revigorar.
Pelo menos no Senado, a bancada do PSDB, com dez cadeiras (a terceira maior), terá nomes de peso. Ao mineiro Aécio Neves, que voltará fortalecido da disputa presidencial, se somarão os ex-governadores José Serra (São Paulo), Antonio Anastasia (Minas Gerais) e Tasso Jereissati (Ceará).
Nos Estados, permanece razoável equilíbrio de poder. Verdade que a maioria das unidades da Federação dificilmente deixará de se alinhar ao Planalto, mas o PSDB, governando Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná e São Paulo, estará à frente de 72 milhões de pessoas, ou pouco mais de um terço da população nacional.
Em termos de recursos, os cinco Estados que serão comandados pelos tucanos arrecadaram, em 2013, um total de R$ 545 bilhões. Os cinco que o PT governará (AC, BA, CE, MG e PI) tiveram, juntos, R$ 114 bilhões de receita, enquanto os sete do PMDB (AL, ES, RJ, RS, RO, SE e TO) computaram R$ 288 bilhões.
Esse contrapeso oposicionista e a quase paridade eleitoral são positivos para o país. A presidente Dilma Rousseff --e o PT-- sabe que, pelos próximos quatro anos, terá pouco espaço para errar.
-
Hegemonia Do Pt - Fernando Rodrigues
FOLHA DE SP - 15/03 BRASÍLIA - Depois da ditadura militar, o PMDB dominou a política no Brasil. Embalado no Plano Cruzado, emergiu da eleição de 1986 com a maioria dos governadores e grande vantagem na Câmara e no Senado. Passado esse momento artificial,...
-
Derrota Simbólica - Merval Pereira
O GLOBO - 12/03 A derrota do governo na votação do requerimento da criação de uma comissão externa para investigar na Holanda denúncias de corrupção na Petrobras foi o resultado de um dia inteiro de negociações para contornar a rebelião dos...
-
A Rebelião - Ilimar Franco
O GLOBO - 28/06 Esnobados sistematicamente pelo Planalto, os líderes aliados na Câmara estão vendendo caro o apoio ao plebiscito. Durante mais de quatro horas, ontem, a presidente Dilma teve que ouvi-los. Sob a batuta do execrado líder do PMDB, Eduardo...
-
Parecer Do Tcu Terá Tramitação Normal
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (8) que encaminhará à Comissão Mista de Orçamento o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), recomendando a reprovação das contas de 2014 do governo federal, assim...
-
Dilma Fecha Com O Pmdb Para 2014
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho: Recebi agora há pouco a informação do Palácio do Planalto de que Lula não participará, como chegou a ser anunciado pela imprensa, do jantar marcado pela presidente Dilma Rousseff para a noite desta...
Geral