Prefeita de Caracas, "Venezuela vive uma ditadura"
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Prefeita de Caracas, "Venezuela vive uma ditadura"



Helen Fernandez

Com 3 milhões de habitantes, Caracas tem uma série de problemas. A cada semana, cerca de 400 de seus moradores são assassinados. Há brigas diárias nas filas para comprar comida causadas pela política econômica desastrosa do presidente Nicolás Maduro. Motoqueiros chavistas patrulham as ruas e amedrontam os opositores. Em fevereiro, o prefeito Antonio Ledezma foi levado à força de seu escritório pelo Serviço de Inteligência, acusado de conspirar contra Maduro. Por motivos de saúde, foi colocado em prisão domiciliar. Ledezma é um dos 70 presos políticos hoje existentes no país. A economista Helen Fernández, de 64 anos, havia sido escolhida pelo prefeito como sua vice e ocupa seu cargo interinamente. Os dois se conhecem das manifestações contra o governo de Hugo Chávez. "Nunca concordei com o populismo. Sou consciente do valor da meritocracia, esta, sim, um fator de geração de oportunidades", disse a VEJA, por telefone. Aos que ainda não resistem aos fatos, ela explica porque a Venezuela é uma ditadura.
Depois de muito adiar, o governo venezuelano marcou eleições legislativas para o dia 6 de dezembro. A oposição está otimista? É uma conquista saber que temos uma data e que podemos planejar melhor a campanha, pois temos certeza de que triunfaremos. A maioria dos venezuelanos nos apoia e está saturada da crise profunda no país. O primeiro passo para sair dela é mudar o parlamento, hoje controlado pelo governo. Agora, falta o governo libertar os presos políticos para que se tenha uma real retomada da via democrática.
Apesar das eleições, por que a oposição diz que a Venezuela vive sob uma ditadura? Pode-se provar isso de muitas maneiras. A administração de Caracas é um bom exemplo. A Prefeitura Metropolitana de Caracas foi criada por meio da Assembleia Constituinte em 2000, durante o governo do presidente Hugo Chávez. Ledezma foi eleito em 2008 e reeleito em 2012, e sempre fomos hostilizados. Em 2009, grupos ligados a Chávez nos desalojaram das instalações da prefeitura. Em seguida, em uma ação coordenada, o governo retirou das nossas mãos a maior parte das funções da prefeitura, como saúde, administração dos hospitais, polícia, asilos e serviços sociais. Também retirou 99,5% do orçamento, que foi transferido para uma prefeitura alternativa, comandada por um interventor, Ernesto Villegas. Deixaram-nos com apenas 0,5% do orçamento. Os membros dessa nova prefeitura são escolhidos a dedo segundo a ideologia partidária. Lá, só trabalham chavistas. Dessa maneira, eles ignoraram completamente o resultado da eleição popular, que foi vencida por Ledezma. Essa administração paralela não está dentro da lei. É uma clara violação do direito do voto dos venezuelanos.
Com o objetivo de visitar Leopoldo Lopez, um dos presos políticos, um grupo de senadores brasileiros esteve em Caracas na quinta-feira, dia 18. Eles foram barrados na estrada por manifestantes chavistas. Foi uma sabotagem planejada pelo governo? Lamentamos muito o que aconteceu com os senadores brasileiros, mas devo dizer que não é algo estranho para nós. Esses militantes são usados pelo governo para amedrontar a oposição. Eles aparecem em nossos eventos para nos agredir. É gente paga pelo governo para nos desestabilizar e até nos acusar de crimes sem qualquer fundamento. Algumas vezes eles chegam com pedras e paus, em outras com bombas de gás lacrimogêneo e armas.
fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/se-dizer-a-verdade-e-conspirar-eu-tambem-conspiro-diz-prefeita-interina-de-caracas




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