Os funcionários do Fórum Criminal de Teresina se depararam com uma situação rara e trágica. O preso João Batista Melo Neto, motorista de 54 anos, estava em audiência prestando depoimento quando sofreu um infarto, foi socorrido e morreu no hospital.
João Batista Melo Neto, motorista de 54 anos, estava preso na penitenciária Irmão Guido, e garantia que cometeu o crime em legítima defesa.
Este foi o desdobramento de uma das muitas histórias de violência que acontecem em Teresina, contada no Jornal do Piauí desta quinta-feira (27). O caso aconteceu no povoado Campestre, zona rural leste da capital, em agosto de 2014.
A viúva e dona de casa, que não quis se identificar por afirmar que a família sofre ameaças até hoje, mesmo depois de o marido ter morrido, disse que depois de tudo, teve que vender até a casa onde morava para pagar a defesa do marido.Segundo ela, o seu filho sofria ameaças de morte de um vizinho conhecido na comunidade, até que um dia ele entrou na casa da família e arremessou uma pedra no rosto do garoto. ?Depois disso, dias depois, ele encontrou com meu marido, que disse que não ia prestar queixas dele na polícia, e disse que não ia mais ameaça-lo. Só que a discussão gerou uma briga e foi quando o rapaz atacou meu esposo com uma faca e aconteceu o homicídio?, conta garantindo que João Batista matou em legítima defesa.
Ainda de acordo com a viúva, o vizinho não tinha motivos para ter desavenças com seu filho.
No dia 6 de maio deste ano, ainda preso, João Batista foi levado à audiência, e no momento de dar os depoimentos passou mal, com uma suspeita de infarto, e a sessão foi interrompida. O SAMU foi acionado e chegou ao local, de lá o réu foi levado ao Hospital da Primavera e depois ao HUT, mas acabou chegando a óbito.
A viúva declarou ao Jornal do Piauí que acredita ter havido falta de agilidade no atendimento e que a juíza que estava a frente do caso não chamou o médico de imediato, mesmo vendo que ele estava passando mal. ?O correto era terem pego ele e levado logo ao Hospital, o que não fizeram?.
Mãe de quatro filhos, a mulher disse que tem depressão e que a família ainda vive um pesadelo, que teve que deixar a comunidade onde morava e ainda vive sob ameaças. ?Só vivo recebendo ameaças de morte, já registrei boletim de ocorrência, mas não tomam providências?, reclamou.
Um boletim de ocorrências já foi registrado há quase cinco meses pela mulher, por terem roubado tudo na casa dela. O registro foi confirmado e o delegado do 25ª Distrito Policial, Miguel Vicente, disse que a polícia ela não procurou mais a delegacia. "Por isso o caso não foi levado ao Juizado Especial, mas se ela comparecer novamente, nós iremos trabalhar e enviar o caso ao Juizado", garantiu..
Com informações do cidadeverde.com