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PROJETO DE REAJUSTE DO SERVIDOR É RETIRADO DE PAUTA!

Certa vez, o vereador Gileno Alves/PSD, chamou a atenção dos professores que só visitavam a Câmara quando estava em pauta algum projeto que tratasse de aumento salarial. Naquele ínterim, o edil sugeriu que a visita fosse frequente e não apenas com aquele intuito. Tal qual à categoria docente, os servidores encheram o plenário da Casa Legislativa na noite desta segunda-feira (23) com o mesmo objetivo: ouvir dos vereadores que o projeto de reajuste salarial enviado pelo Executivo fosse aprovado.

Atendendo ao chamado do presidente do Sindserv, João Fonseca, os servidores saíram de lá decepcionados: o projeto será retirado com urgência, urgentíssima da Casa por que apresentou não só erros grosseiros de digitação, mas também feria um pedido de uma minoria composta por dez servidores de nível superior: enquanto o reajuste para a esmagadora folha do funcionalismo será de 8,84% (nível médio); os demais abocanhariam apenas 6,41%.

Isso mesmo! teria esse porcentual!, mas a defesa do engenheiro agrônomo Clein William na Tribuna Livre conseguiu de alguns vereadores a prerrogativa de que tanto o presidente do Sindserv quanto o prefeito municipal voltassem à mesa para rever a projeção. Tanto o líder do governo na Câmara, Gilson Rosário/PSB quanto oposição concordaram nesse ponto.

"Vim reivindicar a colaboração dos presentes. Não queremos prejudicar a negociação com os servidores que recebem pelo ensino médio. Não podemos aceitar arbitrariedades e decisão unilateral contrariando o que se pregou este governo atual no plano de governo! (...) Que política é essa que desvaloriza anos de estudo!", defendeu Clein que ainda apontou "o cargo de engenheiro civil está vacante e o município contratou um funcionário ganhando muito mais do que ganharia um concursado. Na secretaria de Agricultura, os funcionários recebem direito à insalubridade e o engenheiro agrônomo não recebe!".

Do mesmo lado, porém com outra visão, o presidente do Sindserv João Fonseca relatou os benefícios adquiridos ao longo dos anos e pediu aos vereadores que aprovassem o projeto como está porque quem fez o concurso já sabia que há valores diferenciados em várias áreas. (...) Clein pediu 30% para quem tem pós-graduação, 50% para quem tem mestrado, 80% para doutorado e 100% para quem tem pós-doutorado! O prefeito não acatou e mandou para Câmara apenas o que foi acordado na época!"

E concluiu, "William não está errado, mas não aprovando hoje, serão prejudicados mais de 350 funcionários e não apenas dez. Vamos buscar na justiça. O sindicato nunca agradou a todos e (...) o prejuízo será maior não votando na noite de hoje!"

Aos olhos da oposição, João Ramalho/DEM relembrou o quão em governos que ajudou a trabalhar valorizava o funcionário. Citou vários deles que hoje trabalham em cargos importantes inclusive na Secretaria Municipal de Educação e cutucou: "tem um monte de merendeiras contratadas e uma fila delas aguardando" a convocação do último concurso. "Tem de qualificar o servidor. E a quantidade de desvio de função que tem na prefeitura? Como pode alguém cobrar melhoria se só faz descontar o salário no banco sem trabalhar?!". Ramalho se referia a umnúmero expressivo de funcionários marajás que moram em Aracaju e recebem sem trabalhar.

Tanto o líder do governo quanto o presidente da Câmara, Pedro de Jesus, defenderam que o projeto de lei em destaque fosse retirado da pauta a fim de que o Executivo fizesse a revisão e enviasse ainda nesta terça-feira (24) para apreciação das comissões e que o projeto fosse desmembrado pois vai ser aprovado na íntegra. A plenária de hoje à noite promete mais emoções.

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