Está indicado em duas situações:
1) Cadela sem condição anestésica/cirúrgica ao diagnóstico (desidratação severa, choque séptico, cardiopatia ou idade avançada):
- aglepristone: 10 mg/kg ou 0,33 mL/kg/SC/dia, 2 aplicações em dias consecutivos (abertura da cérvix e drenagem uterina 12-36h após aplicação).
- fluidoterapia (conforme função renal/desidratação) e antibioticoterapia de largo espectro (amoxicilina-ácido clavulânico 12,5-25 mg/kg/dia/SC,IM,IV ou cefazolina 22 mg/kg/cada 8h/IV ou IM ou enrofloxacina 5-10 mg/kg/dia/oral ou IV).
- Assim que o animal estabilizar, realizar OSH.
2) Cadela com finalidade reprodutiva (menos de 6 anos de idade, clinicamente e metabolicamente estável/sem toxemia, sem cisto ou tumor ovariano):
- aglepristone: 10 mg/kg ou 0,33 mL/kg/SC, dias 01, 02, 08 e 15 (se necessário dias 22 e 28) ou até ausência total de conteúdo uterino na ultrassonografia.
- PGF2α: aplicar após a abertura da cérvix (geralmente dias 2 ou 3) - cloprostenol (1 µg/kg/SC) ou dinoprost (100-250 µg/kg/SC). Aplicar 1-2 vezes/dia, por 5-7 dias, preferencialmente em jejum. Como efeitos colaterais pode-se observar vômito, sialorréia, dispnéia, taquicardia, hipotermia (até -2,0 °C) e diarréia na primeira hora após aplicação. Não usar em nefropatas, cardiopatas, hepatopatas ou cadelas braquicefálicas.
- antibioticoterapia de largo espectro por 15-30 dias, ou até cessar a drenagem da secreção vaginal. Iniciar com antibiótico de largo espectro (ver acima) e trocar após cultivo e antibiograma, se necessário.
- sulfato de atropina (0,025-0,044 mg/kg/SC), 15 minutos antes da PGF2α, para minimizar efeitos colaterais (opcional).
- avaliação clínica diária e ultrassonográfica duas vezes por semana. Monitorar as aplicações de PGF2α na clínica.
- no próximo proestro e estro realizar antibioticoterapia de largo espectro e acasalar a cadela.
- após o (s) novo(s) acasalamento (s) desejado (s), realizar OSH para evitar recidiva.
- caso a melhora não seja progressiva, realizar OSH.