PSDB-SP lança Alckmin; Aécio virou pó?
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PSDB-SP lança Alckmin; Aécio virou pó?


Por Altamiro Borges

O cambaleante Aécio Neves parece estar com seus dias de glória contados no PSDB. E haja ressaca! Neste domingo (14), o convescote da legenda em São Paulo lançou oficialmente a candidatura do governador Geraldo Alckmin à Presidência da República. "Ele é o nosso candidato ao Planalto. E nós temos que começar a trabalhar por isso já", conclamou o deputado Pedro Tobias, presidente da sigla paulista. Alguns aecistas até tentaram disfarçar o impacto do atropelamento, afirmando tratar-se de "algo natural", mas o boato interno é de que o senador mineiro-carioca está prestes a virar pó!


Segundo relato da Folha, que sempre expressou os interesses do tucanato paulista, o PSDB paulista já agenda reuniões com líderes da sigla em outros Estados para defender o nome do "picolé de chuchu". "Este foi o movimento mais ostensivo de aliados em busca da construção de um caminho dentro do PSDB pelo lançamento de Alckmin. Hoje, o governador divide o posto de presidenciável tucano com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que perdeu para a presidente Dilma Rousseff por uma margem apertada de votos no ano passado", descreve o jornal.

No mesmo rumo, o site da revista Época informa que os alckmistas já estão em campo para viabilizar a candidatura do paulista e para atropelar as pretensões do mineiro. "Como estratégia para crescer no partido e estabelecer a sua pré-candidatura ao Planalto pelo PSDB, o governador Geraldo Alckmin partiu para cima. Procurou os governadores tucanos dos outros Estados em busca de um improvável apoio – eles fecham com Aécio. Edson Aparecido, homem da total confiança de Geraldo Alckmin, deverá chefiar o novo Q.G. do tucano em Brasília", informa o jornalista Leonel Rocha.

Na guerra sangrenta no ninho tucano, o governador paulista leva folgada vantagem. Ele foi reeleito em primeiro turno e assistiu a derrocada do seu rival na legenda – Aécio Neves perdeu a disputa pela presidência e foi escorraçado de Minas Gerais, onde mandou e desmandou por 12 anos. "São Paulo é a base do partido para o Brasil e foi mais importante do que Minas para o resultado que o Aécio teve na eleição que disputou", alfineta o cruel Pedro Tobias, que ainda tripudia: "Eu o apoiei em 2014 e tenho certeza que ele entenderá o movimento do Estado. Acho que o Alckmin agora é o melhor nome e que tem chances de vencer".

Na convenção do domingo, o próprio Geraldo Alckmin abandonou o figurino de "picolé de chuchu", vestiu a armadura de presidenciável e radicalizou seu discurso. "O futuro do Brasil não pode pagar a conta pelos malfeitos da última década. O PT pode ser tudo, menos um partido político. Um partido político se faz com ética", rosnou. O governador, porém, evitou falar sobre as denúncias de corrupção do "trensalão tucano". Também não abordou a grave crise da falta de água em São Paulo, o aumento vertiginoso da insegurança pública e o caos nos transportes. A mídia chapa-branca, que recebe fartos recursos publicitários do Palácio dos Bandeirantes, também evitou estragar o convescote tucano.

Apenas a coluna "Painel" da Folha deste domingo (15) especulou sobre as bicadas no ninho. "Dada a disputa velada entre Aécio, Alckmin e Serra pela candidatura à Presidência na sucessão de Dilma, há quem, na sigla, projete até um cenário em que as três fotos apareçam na urna eletrônica... Aécio, se mantiver o controle da máquina partidária, o recall da disputa de 2014 e o apoio do partido nas bancadas do Congresso e nas seções do Norte e do Nordeste, garantiria nova postulação pelo PSDB. Nesse caso, Alckmin poderia ir para o PSB, onde lançaria Márcio França à sua sucessão em São Paulo. E Serra, hoje próximo do PMDB, seria o candidato dos sonhos do partido de Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha".

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