Geral
Realismo Socialista - Parte V
7. Comunismo na Ásia: um totalitarismo quase perfeito.
Se o totalitarismo na Rússia e na Europa em geral, adquiriu as dimensões violentas e trágicas, na figura da revolução russa e, posteriormente de Stalin, o totalitarismo asiático alargou na estratosfera a violência e o terror político. Em parte, pela concepção particular do totalitarismo na Ásia: ou seja, uma visão holística total da sociedade, cujas distinções entre governo e sociedade civil são completamente inexistentes. A própria tradição política asiática, pautada no despotismo autocrático, as noções entre o público e o privado, tão arraigadas no mundo ocidental, eram precárias. Na cultura política oriental existe uma concepção arraigada de que a vontade do governante deve se fundir com a vontade do cidadão particular. Daí o processo revolucionário ter sido muito mais violento e mais sanguinário. Se os soviéticos criaram mecanismos de burocratização da vida civil, os comunistas asiáticos não se contentavam apenas com o domínio total da sociedade: queriam controlar também a consciência do povo. Neste aspecto, são conhecidos os métodos de lavagem cerebral e os chamados "campos de reeducação ideológica", desenvolvidos pelos chineses, norte-coreanos e vietnamitas. Aplicando mecanismos de tortura física e psicológica das mais brutais, os comunistas asiáticos desenvolveram técnicas de destruição da consciência individual. Ainda que as ditaduras comunistas do Leste Europeu e mesmo na Rússia considerassem esse expediente, com histórias de internação psiquiátrica de dissidentes políticos e as sessões de "auto-crítica" e "purificação partidária", no geral, elas não estavam preocupadas com o que o povo pensava: bastava a adesão pública forçada ao regime e o partido comunista estava satisfeito. O regime chinês, norte-coreano e vietnamita elevou a "purificação ideológica" na loucura total: o controle ideológico era tão rígido, tão severo, que não admitia a "dupla moral" tolerada pelos comunistas europeus: ou era a adesão total e irrestrita ao partido, ou era a morte.
7.1. Coréia do Norte: a tribo militarizada.
A característica mais identificável da ditadura norte-coreana é o total fechamento das relações do país com o exterior. Salvo a aliança tradicional com a China, os cidadãos deste país são proibidos de entrar e sair de suas fronteiras, sob pena de serem fuzilados. A reclusão total na nação se coaduna com uma propaganda ideológica nauseante, que implica não somente a doutrinação em massa de crianças, como no culto à personalidade do ditador Kim Il song e sua família. As Tv´s locais e as rádios são usadas para divinizar o ditador. E como não devia deixar de ser, a brutalidade do regime é fartamente conhecida: execuções sumárias em praça pública, torturas, campos de concentração para "reeducação ideológica" e a fome, muita fome. De 1995 a 1997, a população norte-coreana decresceu em dois milhões de pessoas, que pereceram pela fome. Quando o regime norte-coreano recebeu alimentos, petróleo e ajuda dos Eua, para se desfazer de seu projeto nuclear, e salvar o povo faminto da carestia, a ditadura comunista desviou os recursos para alimentar seu exército e criar sua primeira bomba atômica. Quando os americanos descobriram a farsa, já era tarde demais: a Coréia do Norte já tinha sua arma nuclear.
7.2. Por trás da cortina de ferro da Coréia do Norte.
O militarismo e a violência: marcas do regime norte-coreano.
"O Grande Irmão vela por ti".
A Coréia do Norte invade a Coréia do Sul em 1950.
Taejon, guerra da Coréia, 1950: execução sumária de milhares de civis sul-coreanos, pelas tropas da Coréia do Norte.
Fome entre as crianças: relatos de fugitivos registram casos de canibalismo. . .
Yodok: campo de concentração na Coréia do Norte.
Fuzilamento, em praça pública, de um cidadão que tentou fugir do país.
7.3. China comunista: campeã mundial de violação dos direitos humanos.
O regime instaurado por Mao Tse Tung, em 1949, foi causador da morte de 70 milhões de pessoas na China, entre os quais, 30 milhões pereceram pela fome, nos anos de 1959 a 1962, com a política de coletivização forçada na agricultura, o chamado Grande Salto para Frente. Sem contar os outros milhões chacinados pela "revolução cultural proletária", em 1968, quando militantes fanatizados, os "guardas vermelhos", depredavam todo e qualquer vestígio de cultura intelectual que não fosse a literatura do "livro vermelho" do ditador chinês. Obras de artes milenares, esculturas, livros, instrumentos musicais, prédios históricos, quase tudo fora destruído. Na verdade, a política maoísta visava fazer uma gigantesca lavagem cerebral no povo chinês, em nome da "pureza ideológica". Na crença de que a consciência do povo era uma "tabula rasa" a ser moldada pelo Partido, Mao insuflou o ódio ideológico e o terror contra população civil. A cultura chinesa foi quase toda perdida com essa tragédia. . .
Tibet, 1950: monges budistas assassinados pelo exército chinês. A anexação do Tibet custou a vida de mais de um milhão de pessoas. A colonização maciça da população chinesa tornou os tibetanos minoritários em seu próprio país, acabando, para sempre com a sua autonomia política.
Propaganda: Um guarda vermelho com o livro de Mao na mão. Estupidez apaixonada.
Civis humilhados pelos fanáticos vermelhos. . .
Anos 50: Fuzilamento de um "inimigo do povo".
Prisão arbitrária de uma vítima: um povo à margem da lei, aos caprichos da tirania do Estado.
Laogai: o campo de concentração chinês, para presos políticos.
Ausência de contraditório, ampla defesa: julgamentos-farsa e execuções sumárias. O único direito que assiste à vítima é pedir clemência ao Estado.
Praça da Paz Celestial, 1989: protesto de jovens na Praça da Paz Celestial, contra as arbitrariedades do regime.
1989: Manifestantes violentamente reprimidos na Praça da Paz Celestial. Na foto acima, pessoas esmagadas por um tanque do exército chinês.
David contra Golias: a liberdade solitária contra a tirania dos blindados. . .
As democracias esqueceram do Tibet!
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