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Realismo Socialista Parte II
Holodomor, ou a Grande Fome na Ucrânia de 1929 a 1932.
O povo ucraniano foi vítima de uma das maiores atrocidades do século XX: o extermínio pela fome, deportações em massa e terror, de 4 a 6 milhões de ucranianos, sem contar algumas outras nacionalidades soviéticas. Se os judeus tiveram o "holocausto" ou o Shoah, os ucranianos e outros demais povos soviéticos tiveram o holodomor, ou a "morte pela fome", em língua ucraniana. Ao coletivizar a terra dos camponeses, Stalin deportou, pela força, milhões de cidadãos para as fazendas coletivas do Estado, ou os kholkozes. No entanto, devido aos maus tratos e ao tratamento análogo de escravos com que eram tratados, os camponeses se rebelaram e fugiam das fazendas, além de esconder os grãos dos alimentos, para sua própria sobrevivência, uma vez que o Estado confiscava a maior parte dos cereais. A mesma crise que matou milhões na Rússia, em 1921, ameaçava se repetir de novo, na coletivização. Todavia, Stalin não estava preocupado com isso. Como os agricultores resistiam ao confisco de seus bens e propriedades rurais, ele simplesmente usou a "arma da fome" para subjugar o campesinato soviético. Grandes extensões da Ucrânia tiveram seus grãos confiscados, e como uma massa de esfomeados fugia para as cidades, o regime comunista fechou as fronteiras das cidades, deixando a população morrer à mingua de fome. A polícia política soviética, para controlar os passos dos fugitivos da fome no meio rural, impôs um sistema de passaportes, para fiscalizar o direito de ir e vir dos cidadãos. Quem fosse pego sem passaportes, poderia ser deportado para seu local de origem, para os campos de concentração ou então seria fuzilado. Muitas crianças esfomeadas fugiam pra Moscou e eram mandadas de volta para a Ucrânia, para morrerem lá. Stalin ainda decretou uma perversa lei, chamada pelo povo como "lei das espigas": bastava o roubo de alguns grãos de alimentos, para imputar anos de cadeia ao infrator. Ou quando não iam para seu país de origem, alguns camponeses eram mandados para o "gulag" ou como "colono especial" na Sibéria, em condições de vida desumanas. Eram usados como mão de obra da GPU, a então polícia política da época, em regime de trabalhos forçados, onde uma boa parte morria de maus tratos e exaustão. A foto acima é uma pilha de cadáveres abandonadas num cemitério, causada pela fome.
3.1 Cenas do Holodomor.
Camponesas ucranias maltrapilhas.
Os transeuntes indiferentes, enquanto outros agonizam pela fome. . .
Nem os animais são poupados da penúria. . .
A morte como espetáculo cotidiano. . .
Um corpo abandonado em uma carroça.
Crianças ucranianas famintas. . .
Cadáveres de camponesas ucranianas. . .
4. Campos de concentração soviéticos.
Atmosfera do gulag soviético, Kolyma, Sibéria.
Escravidão moderna: prisioneiros de um campo de concentração soviético.
Famílias polonesas, de vagões, deportadas para a Sibéria, 1941.
Crianças polonesas recém-chegadas em um campo de concentração soviético. Por volta de 1941.
1945: Crianças polonesas esqueléticas em um campo de concentração soviético, Buzuluk, no Casaquistão.
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