Resposta ao Desafio Troféu da Copa + Diplomática
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Resposta ao Desafio Troféu da Copa + Diplomática



Esse é um post resposta ao desafio proposto pelo blog Diplomática na Copa sobre a taça Jules Rimet, suas réplicas e roubos (íntegra aqui)

1. Dizem que a taça foi roubada por um argentino e três brasileiros... bem, quando eles se juntam só podia dar nisso mesmo. Mas enfim, considerando o sumiço da taça, tanto na primeira vez, quanto na segunda, pode-se dizer que as réplicas são autênticas?
Para se atestar a autenticidade dessas réplicas, alguns critérios devem ser observados. Para os documentos arquivísticos, o respeito às características internas, externas e ao trâmite são fundamentais para que um documento seja considerado autêntico. Seguindo esse pensamento, tanto a primeira quanto a segunda réplica não seguiram o “trâmite”, ou seja, não passaram por todas as etapas exigidas para a sua elaboração, desde sua produção até a sua entrega para o país vencedor de três Copas Mundiais. O filósofo alemão Walter Benjamim, em A obra de arte em sua reprodutibilidade técnica, diz que em princípio toda obra sempre foi reprodutível. “O que os homens faziam sempre podia ser imitado por outros homens.” (1985, p.166). Porém, quando é reproduzido o objeto perde sua aura, que era garantida pela autenticidade e unicidade. A última réplica, considerada definitiva, foi fabricada com massa inferior a da taça original. Se considerarmos as características externas, a própria confecção das réplicas não foi de acordo com a original. Considerando que as réplicas não tiveram o percurso percorrido pela taça original e as características externas, pode-se afirmar que as réplicas não são autênticas. Agora, se considerarmos que autenticidade é a capacidade de um documento provar ser aquilo que ele afirma ser, a segunda réplica, feita por Eastman Kodak, pode ser considerada autêntica, uma vez que ela foi confeccionada com a qualidade de réplica por causa do descuido patrimonial e a falta de apuração e punição pelo roubo e quando a FIFA a ofereceu à CBF, esta tinha o conhecimento que era uma réplica. Portanto, ela provava aquilo que afirmava ser: uma réplica.

2. As réplicas das taças, de acordo com Duranti, são cópias imitativas ou cópias simples, no primeiro desaparecimento da taça?  Crédito à tutora Adrielly, por essa pergunta.
Nenhum dos dois (há!). A taça seria um pseudo-original, pois “por uma medida de segurança a FA secretamente criou uma réplica da taça para ser usada nas celebrações pós-partida final.” Pois Duranti diz que a cópia pseudo-original é criada imitando perfeitamente o original com o objetivo de enganar. E esse era o objetivo da FA.

3. Supondo, que no primeiro sumiço da taça, Segunda Guerra Mundial, os soldados nazistas conseguiram ficar com a mesma. Logo entregaram para Adolf Hitler. Estabeleça um plano de classificação.
Fundo: Governo Nazista
Subfundo: Atividades Secretas
Seção: Roubos
Subseção: Nível internacional
Série: Taças, medalhas e outras premiações esportivas


4. Considerando o segundo sumiço (definitivo dessa fez), suponha que a taça tenha "caído" nas mãos do então Presidente do Brasil - João Figueiredo. Como seria o plano de classificação?
Para mudar um pouco, vamos imaginar que João Figueiredo tenha usado a taça para depois popularizar o governo militar
Fundo: Governo Militar
Subfundo: Publicidade e propaganda
Seção: Popularização do governo militar
Subseção: Atividades secretas


5. Faça uma análise diplomática e tipológica da taça.
Denominação: Taça Jules Rimet
Espécie: Taça
Data Cronológica: Abril de 1929
Data Tópica: França
Gênero: Especial
Suporte: Ouro
Forma: Original
Linguagem: ---
Idioma: ---
Signos Especiais: A própria escultura
Entidade Produtora: FIFA
Entidade Receptora: Brasil (país vencedor de três Copas do Mundo)
Função: Premiar o vencedor de 3 copas do mundo.


6. Comente se a referente taça pode ser considerada documento de arquivo.
Apesar de muitos ainda pensarem documento como sendo do genêro textual e tendo o papel como suporte, entende-se, até pela definição da palavra, que documento é qualquer meio que comprove a existência de um fato. O documento arquivístico é aquele produzido e/ou recebido por uma pessoa física ou jurídica, no decorrer das suas atividades, qualquer que seja o suporte, e dotado de organicidade. Tendo em vista esses conceitos, é possível afirmar que a taça poderia ser um documento de arquivo, pois atende às especificações para que seja considerado como tal.


Postado por: Janaina, Jonatas e Raiane




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