Sem anestesia - JOÃO BOSCO RABELLO
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Sem anestesia - JOÃO BOSCO RABELLO


O ESTADÃO - 20/07


Primeira após a Copa do Mundo, a pesquisa Datafolha confirmou a previsão de que o torneio não afetou o discernimento do eleitor que, embora satisfeito com o evento, não concede ao governo o mérito pelo seu êxito, como tinha esperança o PT.

Essa constatação agrava a situação da presidente, por ser um ponto a seu favor que se mostrou insuficiente para impedir nova queda na intenção de voto e aprovação de governo.

Mais que isso, o índice de rejeição da presidente, em viés de alta agora também na região Nordeste, reduto histórico de vitórias do PT, causa vertigem na coordenação da campanha. De fato, a pesquisa é muito ruim para Dilma quando se sublinha certos aspectos.

Em queda desde que a economia entrou em baixa e perdeu seu efeito anestésico, o governo viu também que a Copa não funcionou como sedativo capaz de ajudar a empurrar o senso crítico do eleitor para depois de outubro.

Conhecida por 100% do eleitorado, ao contrário de seus oponentes, Dilma tem apoio apenas de 36% dos consultados, dois pontos a menos que na última aferição, reduzindo o poder de sua maior visibilidade.

Nesse contexto, a equação é perversa para a presidente: enquanto seus adversários ganham na medida em que ampliam sua visibilidade, ela cai na proporção inversa. Tal constatação indica que a exposição na propaganda de televisão favorecerá a oposição em proporção bem maior que a candidata governista.

Outro fator negativo é o índice de rejeição da presidente. Em São Paulo, é de 47%, e no cômputo geral, de 35%, porcentuais muito próximos.

Os índices de avaliação de governo também caíram e a candidata hoje tem seu governo reprovado por 29% - o pior resultado desde 2011, segundo o instituto Datafolha.

Os números de pesquisas são fotografias de momentos, o que recomenda sempre cautela na sua associação com previsões de derrota ou vitória.

Mas o alerta da pesquisa está na consistência da queda da presidente, que se mostra refratária ao esforço empreendido pelo seu governo na reversão do quadro.

A situação da candidata do PT, partido a que deve seguramente o maior porcentual de sua rejeição, nos Estados é outro complicador. A dissidência na base aliada subtraem viço à campanha nacional, sobretudo porque foi habilmente explorada por Aécio Neves, como prova o cenário do Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral.

Em política não se despreza o imponderável. Mas o registro presente mostra a candidatura oficial com dificuldade persistente e parca em recursos para virar o jogo, que lhe é desfavorável.




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