Sem saída - EDITORIAL ZERO HORA
Geral

Sem saída - EDITORIAL ZERO HORA


ZERO HORA - 23/08

Apesar das negativas do governo federal de que seja iminente um reajuste dos preços dos combustíveis _ o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, veio ontem a público contestar a informação de que a presidente Dilma Rousseff tenha discutido o assunto _, trata-se de medida previsível diante do atual cenário macroeconômico. O petróleo é uma commodity, assim como os grãos e os minérios, e tem seus preços cotados nas bolsas internacionais. No caso do mercado petrolífero, porém, há uma peculiaridade: o Oriente Médio, principal região produtora, caracteriza-se há quase cem anos pela instabilidade política, que muitas vezes degenera em guerras. Essa característica tende a provocar oscilações bruscas no preço do barril, com impacto imediato sobre derivados, como gasolina e diesel. Apesar de ter alcançado a autossuficiência na produção do óleo em 2006, o Brasil continua importando o produto por não contar com capacidade de refino para atender à demanda interna. Como empresa pública (com mais de 50% do capital nas mãos do Estado brasileiro), a Petrobras atua em conformidade com a política de preços do governo. É por isso que, desde o começo dos anos 2000, a empresa mantém os preços domésticos abaixo dos internacionais a fim de não provocar impacto indesejado nos índices de inflação.
A direção da Petrobras já teria pedido formalmente ao governo o reajuste do preço dos combustíveis, conforme o jornal O Estado de S. Paulo. No ano passado, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, havia manifestado a necessidade de um aumento de 15% nos preços. A disparada do dólar nos últimos dias tornou praticamente inviável a manutenção do diferencial entre os preços domésticos e internacionais no patamar atual. Na atual conjuntura, a companhia precisa gastar cada vez mais em moeda nacional para adquirir no mercado externo a mesma quantidade de combustível. Não resta dúvida de que o aumento terá efeito inflacionário, uma vez que será inevitavelmente repassado aos preços. Para o Palácio do Planalto, porém, trata-se agora de optar entre a pressão sobre os índices de inflação provocada pelo aumento e o comprometimento da capacidade de investimento da Petrobras, que já tem problemas graves de caixa e pode até mesmo ter sua nota rebaixada pelas agências de classificação de risco, perdendo o grau de investimento. Uma turbulência desta dimensão nas contas da empresa seria fatal para a credibilidade do país no Exterior.
É compreensível que o governo tema riscos eleitorais por conta do efeito cascata do aumento dos combustíveis. Inflação em alta compromete, em tese, as perspectivas de reeleição da presidente. Espera-se que o governo coloque os interesses do país à frente de seus próprios cálculos eleitorais e tente compensar os efeitos do eventual reajuste com uma compressão nos seus gastos. A condução da política macroeconômica não pode ser posta à sombra dos palanques. É preciso ter visão de longo prazo e rechaçar qualquer possibilidade de que a estatal brasileira de petróleo acabe por financiar os planos de reeleição de quem quer que seja.




- 2013, Mais Um Ano Perdido - Adriano Pires
O Estado de S.Paulo - 27/12 O ano de 2013 começou com boas perspectivas para a Petrobrás. Após um difícil 2012, quando a empresa chegou a registrar prejuízo trimestral e queda de 2% na produção de petróleo, com relação a 2011, a expectativa...

- A Asfixia Da Petrobrás - Editorial EstadÃo
ESTADÃO - 08/07 Com menos dinheiro em caixa, com a dívida crescendo e submetida pelo governo a uma política de preços de combustíveis que lhe aumenta as dificuldades, a Petrobrás está estrangulada financeiramente, Essa situação coloca em dúvida...

- Acabou A Eleição, Petrobras Reajusta Gasolina Em 3% E Diesel Em 5%
A Petrobras informou nesta noite de quinta-feira, 6, que reajustará o preço de venda da gasolina A em 3% e do diesel em 5% nas refinarias, a partir da 0h de sexta-feira, 7. Segundo o comunicado, os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide...

- Seu Bolso: Petrobras Reajusta Preço Da Gasolina E Do Diesel Nas Refinarias
  A Petrobras informou nesta terça-feira (29) que os preços da gasolina e do diesel serão reajustados a partir de quarta-feira nas refinarias. O reajuste será de 6,6% para a gasolina A e de 5,4% para o diesel (média Brasil), segundo comunicado...

- Petrobras Reajusta Preço Da Gasolina E Do Diesel Nas Refinarias
A Petrobras informou nesta terça-feira (29) que os preços da gasolina e do diesel serão reajustados a partir de quarta-feira nas refinarias. O reajuste será de 6,6% para a gasolina A e de 5,4% para o diesel (média Brasil), segundo comunicado da empresa....



Geral








.