Os prefeitos do interior do Piauí reclamam de uma dívida que gira em torno de R$ 20 milhões e que, segundo eles, está prejudicando os serviços de saúde nos municípios. A dívida foi deixada ainda pela gestão estadual passada e refere-se ao co-financiamento da saúde para os hospitais de pequeno porte do interior. O valor é repassado às prefeituras pelo governo do estado para ajudar na manutenção dos serviços.
O secretário de saúde do Piauí, Francisco Costa, prometeu nesta quarta-feira (9) apresentar uma alternativa aos prefeitos. Segundo ele, a crise financeira que afeta o país e o estado do Piauí dificultou a regularização da dívida de 2014 e informou que esse ano não será possível normalizar a situação.
"A nossa programação é manter a regularidade do pagamento do co-financiamento de 2015. Com relação a esse montante que ficou de 2014 não foi possível ainda normalizar, porque todos os débitos foram herdados do governo passado, de modo que a programação que Comissão de Gestão Financeira do governo do estado colocou é que só em 2016 teremos condições de iniciar um parcelamento", falou.
Ainda de acordo com Francisco Costa, as prioridades do governo do estado estipuladas para 2015 foram o pagamento da folha salarial dos servidores, do 13º salário e a manutenção do funcionamento das unidades hospitalares. O secretário admitiu que a dívida de R$ 20 milhões tem prejudicado mais a atenção básica em saúde, mas finalizou dizendo que os serviços de urgência e emergência têm sido mantidos normalmente.
"Esse co-financimento em atraso tem uma força maior na atenção básica. Já na parte emergencial, aquela mais urgente, da assistência, a gente tem zelado e até aumentado o repasse para alguns hospitais. Então não considero que está tendo um prejuízo imediato no que diz respeito a parte mais urgente e a assistência nas unidades", falou.