Março, 2011. A geofísica Laurie Pankratow, de Edmonton ? Canadá, segura uma pequena figura da Idade do Bronze encontrada no sudoeste da Espanha. Foto: Paul Bauman. LINKS RELACIONADOS
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PORTUGAL/ESPANHA ? Uma equipe internacional de pesquisadores anunciou a descoberta de uma formação soterrada ao sul do litoral da península Ibérica onde, acreditam os cientistas, ocultas sob platôs de lama, estariam as ruínas da mítica civilização Atlante. O achado está localizado entre o norte da Cadiz, Espanha e ao longo de uma vasta região pantanosa próxima da praia de Dona Ana, (distrito de Lagos) ? que fica no Algarve, Portugal. Naquele local, em tempos imemoriais, uma considerável extensão de terra emersa abrigava a metrópole que teria sido engolida e sepultada por um tsunami.
Praia de Dona Ana, Portugal.
O chefe da equipe internacional de cientistas, professor Richard Freund da University of Hartford, Connecticut (EUA) comentou: Este é o poder de tsunamis... ele pode destruir e soterrar tudo o que encontra em seu caminho 60 milhas adentro das áreas costeiras. ...Mas os atlantes que escaparam da tragédia [possivelmente]construíram novas cidades em terras mais recuadas.
Na pesquisa, especialistas utilizaram uma interação de tecnologias: fotos de satélite, radar para águas e solos profundos, cartografia digital, tecnologia submarina. Para Freund, a descoberta é, de fato, ...algo que nunca ninguém viu antes.
O documento histórico mais conhecido (talvez o único) e citado quando se fala da existência da Atlântida é o escrito do filósofo grego Platão, Crítias. Há dois mil e seiscentos anos Platão relatava as lembranças de seu avô sobre o continente perdido.
Em Platão a Atlântida é descrita como uma ilha situada em frente ao estreito de Gibraltar no trecho denominado Colunas de Hércules. A grande ilha, remanescente de um reino muito mais antigo e extenso, teria desaparecido nas profundezas do mar entre um dia e uma noite.
Freund afirma que tsunamis na região têm sido documentadas ao longo de séculos. Uma das ondas gigantes mais memoráveis, da altura de um prédio de 10 andares, atingiu a região em novembro de 1775 alcançando Lisboa, capital de Portugal.
O geofísico canadense Paul Bauman, membro da equipe, espectômetros, magnetômetros e scanners para investigar o subsolo. Os equipamentos revelaram estruturas feitas pelo homem, como um forno de grandes dimensões e linhas sulcadas que podem ser canais.
Escavações preliminares resgataram estatuetas da Idade do Bronze que apresentam uma estética muito diferentes das peças normalmente pertencentes às culturas mais recentes que se desenvolveram na região.
A busca pela Atlântida em território da península Ibérica começou em 2004, quando o físico alemão Rainer Kuhne percebeu características anômalas em fotos de satélite da área do lodaçal próximo à foz do rio Guadalquivir, Espanha, a noroeste da atual cidade de Cadiz.
A Atlântida já foi "descoberta" algumas vezes. Em 1997 cientistas russos alegavam ter achado o continente perdido (ou parte dele) a 100 milhas (cerca de 160 km) de um lugar chamado Land's End. Land's End é um cabo, braço de terra que avança no mar, localizado no Oeste da Cornualha, na península de Penwith, território inglês.
Em 2000, uma cidade em ruínas foi encontrada ao largo da costa norte da Turquia, no Mar Negro, há 30 metros de profundidade. Em 2007, pesquisadores suecos afirmaram ter encontrado uma cidade atlante da Idade do Bronze submersa no mar do Norte. Estes são apenas alguns exemplos. Outras cidades e ruínas submersas, tanto no Atlântico quanto no Pacífico já foram descobertas sem que os cientistas possam precisar o período histórico e a que cultura pertenceram.
Todas essas ruínas, especialmente aquelas localizadas no oceano Atlântico, de acordo com a tradição do conhecimento esotérico, são ou foram partes de um grande continente, o continente atlante, pátria de uma Humanidade hoje extinta.
Este continente desapareceu, de fato, mas não de uma só vez. Ao longo de séculos, de milênios, suas terras foram sendo fragmentadas por abalos sísmicos e tragadas pelo mar, completamente destruídas por erupções vulcânicas, terremotos, tsunamis.
A grande ilha à qual Platão se refere em seus escritos seria uma última porção do grande império, o último reduto da pátria Atlante que sucumbiu à força da Natureza nove mil anos antes do filósofo registrar seu testemunho.
Região de Cadiz e do Algarve (em vermelho) onde ficam os pântanos Dona Ana
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