SUS reprovado no teste
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SUS reprovado no teste



Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

“Eu acho que não está longe de a gente atingir a perfeição no tratamento de saúde neste país”, disse, em abril de 2006, em um de seus arroubos verborrágicos típicos, o então presidente Lula. O escárnio com todos aqueles que são obrigados a atravessar verdadeiro calvário para obter tratamento no Sistema Único de Saúde foi tão grande, que gerou reação revoltada de muitos quando Lula descobriu ter câncer, e foi buscar tratamento em um dos melhores e mais caros hospitais privados do país. É quando a porca torce o rabo que vemos a máscara da hipocrisia vir abaixo.

Aquilo que todos já sabiam, ou seja, que o SUS está muito aquém do desejável, quiçá perto de alguma perfeição, foi agora comprovado por pesquisa feita pelo próprio governo. O Ministério da Saúde lançou ontem o Índice de Desempenho do SUS, e a avaliação feita por pesquisas com 24 indicadores apontou que somente 6,2% dos municípios têm serviço de boa qualidade (leia-se uma nota acima de 7, de 1 a 10). A nota média no país ficou em 5,47, ou seja, medíocre. O Rio ficou na rabeira, com as piores notas. Isso explica o viés dos cariocas, meu inclusive, ao apontar o SUS não como algo razoável, mas sim como uma grande porcaria.

O governo brasileiro não gasta pouco em termos relativos; muito pelo contrário. Nosso governo é obeso, gasta quase 40% do PIB. O problema é que gasta muito mal, em programas inúteis, assistencialismo populista, inchaço da máquina, sem falar dos infindáveis ralos de corrupção. Se o governo reduzisse substancialmente seu escopo de atuação, poderia taxar bem menos o “cidadão” (súdito parece um termo mais apropriado), além de focar em suas funções precípuas, como segurança e justiça. E poderia até sobrar para alguns investimentos básicos de infraestrutura, além de saúde e educação.

Neste quadro, que não chega a ser de um estado mínimo liberal, o governo, sem sombra de dúvidas, poderia oferecer um serviço bem melhor de saúde. O SUS teria foco mais limitado, porém nota infinitamente melhor. Atenderia às necessidades básicas da população, especialmente daqueles com maiores dificuldades financeiras. Ainda não seria nada perto da perfeição (esta não existe no mundo real), mas com certeza seria possível oferecer um mínimo de dignidade ao povo.

Agora, enquanto este governo torrar milhões do “contribuinte” para uma pasta totalmente inútil do ponto de vista da sociedade, como o Ministério da Pesca, que serve apenas como moeda de troca política, será difícil corrigir as enormes ineficiências das áreas realmente importantes.




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