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Testemunha coagida do caso Amarildo
Da revista Fórum:
O major da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Edson Santos, que era comandante da UPP da Rocinha, pagou o aluguel de uma casa fora da favela para uma das principais testemunhas do caso Amarildo. Segundo a mulher que foi favorecida, o agente a pediu que mentisse dizendo que a culpa pelo desaparecimento do pedreiro era de um traficantes da região.
A testemunha, que não vive mais na favela, confirmou em seu depoimento, no começo de julho na Delegacia de Homicídios, que o traficante Thiago da Silva Mendes Neris, o “Catatau” a ameaçou afirmando que caso a mulher não saísse da Rocinha, faria com ela “o mesmo que fez com Amarildo.”
A mentira foi além, a testemunha chegou a alegar, no primeiro depoimento, que Amarildo e sua mulher “faziam serviço para o tráfico” e que o pedreiro chegou a oferecer R$ 50 para que um dos filhos dela quebrasse uma câmera da UPP.
Desaparecimento
O filho da mulher que mentiu no depoimento está desaparecido. Ele teria sumido após levar um carregamento de drogas da Rocinha para o Caju, na zona norte, no ultimo dia 5.
O jovem foi contratado justamente por Catatau, o traficante que a testemunha incriminou a mando do major Edson Santos. No Boletim de Ocorrência, divulgado pelo jornal Extra, a mulher afirma que “não pode voltar à comunidade por pressão dos criminosos da região.”
Afastamento
No dia 17 de agosto, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, decidiu afastar o major Edson do Santos do comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. O motivo alegado seria o desgaste do militar com os moradores da comunidade desde o sumiço do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza.
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