this is happening
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E eu achei que seria mais fácil, é claro. Que precisaria só arrumar minhas malas de roupas, sapatos e livros e sair. É o que eu tô fazendo, separando o que eu vou levar, o que vou doar, o que não sai daqui. Mas aí eu olho pro banheiro, lembro do primeiro tombo que eu levei aqui, eu tinha oito anos e minha mãe achou que seria uma boa ideia encerar o banheiro. Tudo o que eu já comi e foi feito no balcão da cozinha. A estante que meu pai fez pra mim eu vou levar. Meu saca-rolhas, meu travesseiro.

Eu moro aqui há 23 anos e só me lembro daqui quando eu penso em casa, mesmo lembrando que já morei em outros lugares. Na minha memória, minha casa sempre foi aqui. Eu brincava aqui quando ela estava sendo construída e a gente nem chamava de casa, mas de obra. O meu quarto era meu quarto mesmo quando ele tinha tijolo aparente, chão de cimento e não tinha janela. Ele nunca foi nada além de meu.

Então eu achei que seria só arrumar minhas roupas e sapatos em malas, meus livros em caixas e sair. Mas não é bem assim. Tem também a parte em que eu arrumo e espero que a minha casa vire a minha casa.






- Quem Gosta De Ménage?
A semana de provas aconteceu semana passada. Cinco exaustivos dias onde o esquema era acordar às 8h, revisar a prova do dia, fazer a prova, voltar pra casa e revisar a prova do dia seguinte até a hora de ir dormir. Quando tudo acabou, eu soh pensava...

- Pinche Pedo!
E como doido não é privilegio de Paris... Na ultima segunda, acordamos às cinco da manhã pra voltar pra Lyon (como eu adoro acordar cedo!). Cheguei na cidade e tive que carregar a minha mochila e a de Camilo pra casa, ja que ele foi direto pro trabalho....

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Meu irmão e eu sempre dividimos as coisas muito bem. Se tinha uma bandeja com quatro iogurtes, dois eram dele, dois meus. Se tinha dois bombons, um era dele, um meu. A gente nunca comia a comida do irmão, mesmo que o irmão demorasse pra comer. mesmo...

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Sobre o meu apartamento, o que é difícil: -ocupar os espaços. Na casa dos meus pais, por muitos anos, mais de 20, não tinha tevê na sala. tinha uma tevê em cada quarto e ficava cada um na sua. não existia isso de ficar sentado no sofá com a família...

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Eu estou me esquecendo dele. Não da existência dele nem do rosto, mas estou me esquecendo dele. Me lembro da voz e de coisas que ele disse, e da risada. Mas não consigo mais imaginar coisas que ele diria ou do que ele daria gargalhada. Isso é esquecer...



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