TRAUMAS DA VIDA, VERSÃO COM CENOURA
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TRAUMAS DA VIDA, VERSÃO COM CENOURA


Esta crônica já deve ter uns cinco anos, da época que eu fazia mestrado em Florianópolis. Tempo suficiente pra eu superar o trauma. Se minha vida fosse um livro aberto e se chamasse Momentos Traumáticos da Lolinha, o bolo de cenoura teria um capítulo só pra ele.

Eu nunca tinha comido bolo de cenoura, mas este ano tudo mudou. A proprietária da casa que alugo em Floripa fez um bolo e insistiu que eu ficasse com um pedaço. Eu aceitei, mais por educação. Afinal, esse negócio de profanar chocolate não é comigo. Mas não é que provei e gostei? Pra começar, não havia o menor vestígio cenourífico. Gostei tanto que pedi a receita pra tentar fazer o bolo em Joinville.

O maridão e minha mãe me olharam estranho. Agüentei comentários como “Bolo de cenoura? Você?!”. Mandei o maridão comprar todos os ingredientes e limpar quatro cenouras grandes. Não sei, é descascar cenoura que se fala? Você pode perguntar por que eu mesma não fiz esse trabalho escravo. Bom, digamos que eu era o cérebro por trás da receita. Mas não pense que não tive participação no trabalho braçal. Por exemplo, quem ligou o liquidificador? Euzinha. Quem ficou xingando quando o liqui se recusou a se mexer? A própria. Pus a massa numa forma untada (eu que untei!), e provei a colher. Meu primeiro erro. Quando você seguir uma receita, não se deixe levar pelo otimismo exacerbado. Se você provar a massa crua e ela estiver detestável, não prossiga. Imaginei que, depois de assado, o bolo melhoraria. Ledo engano. Pior ainda: se você provar o bolo pronto, só faltando a cobertura de chocolate, e não conseguir encarar nem umas migalhas, por que desperdiçar o chocolate? Na vã tentativa de salvar o bolo, joguei um monte de cobertura nele e levei um pedacinho pro maridão. Sabe quando a pessoa fica mastigando, mastigando, e não se atreve a engolir? Foi assim. O maridão jurou que depois vai tentar de novo, misturando o troço com sorvete e shoyu, pra ver se desce. Eu pedi, pelo amor de Deus, pra que ele dissesse algo que levantasse minha auto-estima, e ele: “Sua habilidade com utensílios domésticos é impressionante”. Experiência culinária semelhante só quando eu, ainda adolescente, fiz uma torta de café que meus amigos gostaram muito. Tanto que jogaram futebol com ela, chuif.

Leia mais crônicas lolísticas antigas aqui: mosquitos, jornal, gafes, sobrenatural, prova de seleção do mestrado, prova de fonética (ui!), linchamento na faculdade, diálogos musicais com o maridão, e beijos.





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