UNE debate democratização da mídia

A resistência surtiu efeito e, a partir de 1977, os estudantes puseram mais uma vez o bloco na rua em passeatas pela democratização do país. A UNE foi reconstruída e voltou a liderar os universitários brasileiros sem precisar esconder-se dos militares. A força do movimento estudantil deu o pontapé inicial para enterrar a ditadura.

A diretora de Comunicação da UNE, Virginia Barros, a Vic, candidata do Bloco na Rua à presidência da entidade máxima dos universitários brasileiros, defende que “a democratização da comunicação é uma pauta sempre presente nas discussões da entidade”, sintetiza Vic. Para ela, “a concentração da mídia de massas nas mãos de poucas famílias não cabe na realidade que vivemos no país”. O tema será amplamente debatido no congresso.

Este e diversos outros temas fazem parte do ciclo de debates Brasil+10, um programa para avançar nas transformações, no CONUNE. Além da democratização dos meios de comunicação, serão debatidas questões como a proposta conservadora, com apoio midiático, de redução da maioridade penal. O Bloco na Rua luta contra essa tese porque não resolve o problema da violência e criminaliza a juventude. A mídia parece propagar a tese da violência em diversos programas televisivos principalmente.

Também serão discutidos os rumos do movimento estudantil na realidade vivenciada pelo país de norte a sul, leste a oeste. Além de questões que o Bloco na Rua sempre esteve presente. Sempre defendemos políticas que visem promover a igualdade racial, de sexo, a liberdade religiosa e o combate á a homofobia, entre outras questões sociais fundamentais para a melhoria de vida dos jovens e de todos.

A juventude está sendo criminalizada pela mídia. Parece que somos os responsáveis pelos problemas resultantes na verdade da cultura da violência que a direita sempre apregoou no país.

Nós do Bloco na Rua, queremos viver num país que promova a igualdade de direitos, que respeite as leis e promova o acesso à informação, à cultura, ao saber e assim possibilite uma vida digna a todos. E para isso, participamos de movimentos em favor da democratização da comunicação no país, entre outros fatores fundamentais para uma vida mais digna e sem violência.