|
http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/ |
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:
A turma que tem simpatia por Dilma e pelo PT ficou ressabiada com a última pesquisa Datafolha. E há motivos pra isso. O “Tijolaço” e o site 247 – antes mesmo dos números serem divulgados – mostraram que o instituto da família Frias incluíra no questionário muitas perguntas da tal “agenda negativa” (Petrobrás, obras da Copa etc…) e que isso certamente influenciaria as respostas sobre intenção de voto. Não deu outra. Dilma caiu 6 pontos. Só que Aécio e Eduardo Campos não se moveram.
O blogueiro Eduardo Guimarães fez mais: mostrou que a “Folha” usou agora método que condenou em 2010. Naquela oportunidade (maio de 2010), o Sensus já indicava que Dilma passaria Serra, e a “Folha” seguia fiel – ajudando o tucano a segurar o primeiro lugar. E a grande ironia: pra se defender, a “Folha” (em 2010) acusou o Sensus de fazer um questionário muito extenso, com perguntas sobre economia, o que teria favorecido Dilma de forma artificial.
Edu faz bem em relembrar o caso. Mas acontece que, em 2010, algumas semanas depois de bater boca com o Sensus, a “Folha” pôs o rabo entre as pernas e mostrou Dilma em primeiro lugar.
Ou seja, nada impede que – agora, em 2014 - daqui a duas ou três semanas outros institutos apontem a mesma tendência: Dilma cai um pouco, e aumenta o “não-voto” (brancos, nulos e abstenções). A “Folha” pode ter forçado a mão? Quem sabe… Mas se Dilma não tem 38% (como mostrou o jornal), estaria então com 40% ou 41%. Além do mais, num mercado tão competitivo (com outras pesquisas à disposição), se houve “erro” isso logo ficará claro.
O certo é que os apoiadores de Dilma e Lula não fazem bom negócio ao ficarem brigando com os números, via internet. Reparem que Rui Falcão, presidente do PT, deu longa entrevista nesta segunda à mesma “Folha”, e não “denunciou” a pesquisa. Apenas, fez uma leitura realista: apesar do bombardeio das últimas semanas, a petista segue vencendo em primeiro turno.
A pesquisa, aliás, se pode servir de alerta para os dilmistas, é um sinal muito mais preocupante para a oposição. Aécio e Eduardo não são vistos como alternativas para comandar a “mudança” que é o sentimento majoritário do eleitorado. A maioria acha que Lula/Dilma são a melhor opção para operar a mudança desejada. Há portanto um sentimento contraditório entre mudança e continuidade. Sobre isso, e sobre a eleição que imagino será muito disputada, já escrevi aqui (há menos de duas semanas).
Então, humildemente, acho que os apoiadores do lulismo deveriam sim reconhecer que há um relativo mal-estar entre os eleitores – especialmente nas grandes cidades. A mídia velhaca faz o serviços sujo, sem dúvida, poupando os tucanos em São Paulo (falta d´água) e Minas (denúncias de corrupção sempre escondidas). Mas há também dados da realidade: Dilma não domou os juros como prometera. O governo dela tem – como única marca – a continuidade dos programas sociais que vinham de Lula. O país não piorou. Mas parou de melhorar. Essa parece ser a sensação geral, mesmo nas periferias e cidades mais pobres – sempre propensas a votar no PT.
Aliás, se os apoiadores mais afoitos de Dilma ouvissem o que já escutei (em “off”) de petistas graúdos, ficariam menos dispostos a brigar com os números.
A impressão geral (entre lideranças do partido) é que a vitória deve vir, “apesar” dos erros do governo. Um desses petistas disse, literalmente: “a eleição será dura, mas podemos contar sempre com a oposição; ela é tão ruim, mas tão ruim, que faz o serviço pra gente”.
Será?
O DataFolha, além da queda de Dilma, mostra o grau de importância dos apoios de Lula, FHC (e Marina) a seus respectivos candidatos. FHC só empolga 12% dos eleitores. Enquanto 37% dos entrevistados votariam no candidato indicado por Lula.
Quem, em tese, pode complicar o jogo para Dilma? Eduardo Campos. Ele é desconhecido por 42% dos eleitores. E tem 10% das intenções de voto. Na medida em que se torne mais conhecido, é possível que alcance algo em torno de 15%. Aécio também tem potencial para chegar pelo menos a 20%.
Para isso, os dois precisam conquistar o coração do eleitor que não quer votar. Convenhamos: com FHC ao lado, fica difícil pra Aécio. Já Eduardo, se tiver Marina por perto, pode surpreender – sim (18% estão dispostos a votar num nome indicado por ela). Mesmo sem palanques fortes nos Estados, Eduardo tem potencial para crescer.
Imaginemos, portanto, uma eleição em que - depois de iniciado o horário gratuito – Aécio chega a 20%, Eduardo a 15% e os demais candidatos de oposição somados alcançam 5%. Dilma teria que obetr 40% ou 41% dos votos pra faturar no primeiro turno.
Hoje, com todo bombardeio contrário, ela tem na pior das hipóteses 38%. Com uma boa estratégia de comunicação, e o apoio de Lula, pode voltar aos 42% ou 43%? Pode. Mas há o imponderável, há a economia, há a Copa…
Por isso tudo, hoje eu apostaria numa eleição em dois turnos. Com vitória do lulismo (até pelas dificuldades da oposição em construir um novo discurso). O eleitor, em sua maioria, quer mudança. Mas não quer andar pra trás.
A primeira pesquisa para intenção de votos para a Presidência da República com a substituição do nome de Eduardo Campos pelo da ex-ministra Marina Silva foi divulgada hoje (18), pela Folha de São Paulo. Os números apontam que Dilma Rousseff...
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania: A recém-divulgada pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial foi recebida com espanto e até com indignação pela área de Comunicação do governo Dilma Rousseff. Essa é a avaliação da citada...
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/Por Igor Felippe, no blog Escrevinhador: Os resultados da pesquisa Datafolha, divulgada no Jornal Nacional, animaram apoiadores da presidenta Dilma, que voltam a sonhar com a vitória no primeiro turno. Dilma...
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho: Lula já repetiu mil vezes que não será candidato e fará campanha pela reeleição de Dilma. Lula e o PT já fizeram dois encontros nacionais para formalizar apoio à reeleição da presidente. Não tem...
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador: Desde o retorno da Democracia no Brasil, tivemos 6 eleições presidenciais. De uma maneira geral (e algo superficial), podemos dizer que quatro delas se deram sob o signo da “continuidade”. E outras duas...