Muito medo nessas horas.
e Paranormal, que custou a merreca de 15 mil dólares e já rendeu mais de cem milhões só nos EUA, destronando Jogos Mortais Perdi a Conta bem no mês de halloween. E o trailer, que mostra a reação de uma plateia de exibição-teste, me parece totalmente verdadeiro. Na sessão em que estive o pessoal também se comportou assim. Se tivessem colocado uma câmera na minha frente veriam o espetáculo degradante de uma Lolinha pulando da cadeira, gemendo, respirando com dificuldade, e estrangulando o braço do maridão, que se fazia de durão. Eu digo "degradante" porque vocês estão cansados de saber que sou acima de tudo uma cínica. Uma cética. Não acredito em nada dessas coisas ― espíritos, demônios, fantasminhas, anjos, comigo não, violão. Por outro lado, produções de terror bem feitos sempre me pegam. Eu entro no clima mesmo. 
nas mãos do Spielberg. Só que a ideia do mestre era refilmar o troço com um orçamento maior. Peli insistiu para que o original fosse exibido para uma sessão teste só pra ver como seria a reação. Quando os produtores viram os epectadores deixando a sessão no meio por puro medo, decidiram lançá-lo daquele jeito mesmo. E, através do boca a boca, o filme foi ganhando seu espaço (é muito eficiente o recado no final do trailer, instigando o público a pedir que Atividade passe na sua cidade). Ah, adoro essas histórias de sucesso!
tie insegura, se borrando de medo, enquanto seu namorado, Micah, aparece em controle da situação. O longa-metragem não é assim! A história é a mais simples possível: o jovem casal de namorados mora junto numa casona na Califórnia (ela é estudante de Letras; ele, corretor da bolsa que deve ganhar bem pra chuchu, porque a casa tem piscina e quartos de hóspedes). Katie recebe visitas de espíritos desde que tinha oito anos, tadinha. Micah não a leva muito a sér
io, mas compra uma câmera pra filmar os acontecimentos. Um dos méritos de Atividade é que pouco acontece ― portas se mexem, luzes se acendem e apagam, e o negócio vai piorando num crescendo (pegadas, coisas embaixo dos lençóis, mordidas). Como clima é a alma de um filme de terror, o negócio funciona. Outro mérito é que, graças a deus, não somos brindados com câmeras de mão histéricas à la Bruxa de Blair e Cloverfield. Aqui a câmera fica num tripé em frente à cama do casal na maior parte do tempo. E out
ra coisa positiva: não há sustinhos fáceis, daqueles barulhentos que fazem pular mas não acrescentam nada, como no fraquérrimo O Grito. Atividade não tem trilha sonora ou barulhos desnecessários. E seus personagens se comportam como pessoas bastante normais, não como dois bobalhões que ficam pregando sustos um no outro até que um Jason apareça pra por ordem na casa.
ico morar numa quitinete minúscula como a que alugávamos em Detroit. Quanto menos espaço pra espíritos demoníacos ocuparem, melhor. Segundo, ter bichinhos de estimação numa situação dessas é bom ou mau? (Não estou pensando nos bichinhos: pra eles deve ser péssimo, ponto). Penso nisso desde Os Outros. Tem o lado bom de você sempre poder achar que quem tá fazendo barulho no outro cômodo é o seu gatinho, ou do cãozinho fazer xixi no espírito pra marcar território. O la
do mau é aquilo não acabar bem pro bichinho.
ituação dessas do casal do filme com o maridão. Ele não acreditaria em nada que eu dissesse e discutiria o tempo todo. Ainda bem que um espírito demoníaco resolveria logo o seu destino, ha ha ha (risadinha possuída).
a), eu dormi mal pacas. Minto: eu nem dormi. Isso que é pavor. Imagine se eu acreditasse nessas coisas.
as pernas e o medo se foi. Acho que gatos, independente da cor, têm o dom de negociar com espíritos. Como disse minha mãe, "Como assim, você não acredita em paranormalidade?! Gatos são paranormais!".