Minha gata Blanche, feliz em Joinville. Saudades!
Eu amo este livro chamado Poetry for Cats: The Definitive Anthology of Distinguished Feline Verse, de um tal de Henry Beard. É de um cara que entende muito de poesia e do comportamento felino. Ele parodia poemas de grandes autores como se tivessem sido escritos pelos gatos dos poetas. Assim, “O Corvo”, do Edgar Allan Poe, vira “O Fim do Corvo”, do gato do Edgar, e mostra um gatinho salvando seu dono bêbado de passar a noite conversando com um pássaro. É o máximo. Ainda esta semana postarei um poema em homenagem aos veterinários (espero que não me linchem). Por enquanto, só pra alegrar o domingo, fique com este poeminha do gato do Robert Louis Stevenson.
The Rain
The rain is raining all around,
It rains on me and you;
I hope the neighbor’s dog has drowned,
Or caught a fatal flu.
Ah, não sei traduzir direito, mas o inglês é fácil de entender. Pra quem não fala patavinas, lá vai (se bem que perde toda a graça traduzido): “A Chuva / A chuva está chovendo em todo o canto, / Chove em mim e em você / Espero que o cachorro do vizinho tenha se afogado, / Ou pegado uma gripe fatal”.
Um adendo: eu adoro cães tanto quanto adoro gatos. Não tenho preferência. Não acho que gostar de um exclua o outro. Ontem mesmo, falando com um diretor de teatro, disse pra ele: “Sou mais de cinema que de teatro!”. E ele, muito esperto, sem piscar: “You can love both” (“você pode gostar dos dois”). É a pura verdade. Por que escolher?