“Erro” da Folha é criticado no Senado

Por Altamiro Borges

Em discurso nesta terça-feira (22), o senador Jorge Viana (PT-AC) criticou o “gravíssimo erro” da Folha, que publicou na semana passada matéria acusando a presidenta Dilma Rousseff de entregar moradias “sem água e sem luz” em Vitória da Conquista (BA). “O problema é que era mentira. Quantos vão vir à tribuna pedir desculpas por ter passado uma versão falsa para o cidadão brasileiro? Os jornalistas da CBN e de milhares de rádios que reproduziram a Folha vão falar com a mesma intensidade, com o mesmo espaço, que a presidenta não é irresponsável? Quando você espalha uma notícia falsa é como abrir um travesseiro de penas ao vento. Não tem quem traga de volta”, afirmou.



O parlamentar demonstrou que as moradias do programa “Minha Casa, Minha Vida” são entregues com instalações hidráulicas e elétricas completas. Ele explicou que cabe ao beneficiário do projeto solicitar às empresas estaduais a ativação dos serviços de fornecimento de água e de energia, o que pode levar alguns dias. “Acontece o mesmo com quem compra um imóvel sem ajuda do governo federal. Todos nós sabemos que é assim que funciona. Se você aluga ou compra uma, depois você tem que pedir a ligação em seu nome. A Folha de S.Paulo fez disso uma manchete”, criticou, indignado, o senador acreano.

Jorge Viana ainda sugeriu que o jornal reconheça publicamente seu erro e que dê o mesmo espaço e destaque para corrigir o “erro”. Ele também criticou os parlamentares da oposição que, de forma oportunista e leviana, amplificaram as mentiras da Folha. A sugestão do senador, porém, não dará em nada. Uma moradora de Vitória da Conquista, que teve sua entrevista distorcida para atacar o programa governamental, já anunciou que entrará com processo na Justiça por danos morais. Até Suzana Singer, ombudsman da Folha já reconheceu que o jornal “errou” feio na matéria.

Mas a famiglia Frias dificilmente fará qualquer autocrítica. Até hoje ela não pediu desculpas por ter apoiado o golpe de 1964 e a ditadura militar e nem por ter publicado uma ficha policial falsa da presidente Dilma Rousseff.

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