A banda larga subiu no telhado
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A banda larga subiu no telhado


Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Saiu na Teletime, do respeitado jornalista Rubens Glasberg, vítima de seis ações judiciais de Daniel Dantas e assemelhados (perde deste ansioso blogueiro, que tem 37):

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Alvarez sai do Minicom e assumirá a Telebrás; mudança expõe divergências internas

Dia 1 de junho deve ser formalizada, na reunião do conselho da Telebrás, a saída de Rogério Santanna da presidência da estatal. Quem assume é Cezar Alvarez, atual secretário executivo do Ministério das Comunicações. A mudança se dá em um ambiente político ruim: Cezar Alvarez e o ministro das Comunicações Paulo Bernardo estão com a relação desgastada por uma série de razões. A principal delas é falta de confiança e afinidade política. Cezar Alvarez nunca foi a primeira escolha de Paulo Bernardo para a Secretaria Executiva.

Foi colocado por indicação do ex-presidente Lula e tentou ganhar espaço como formulador de políticas, batendo de frente com o projeto de Paulo Bernardo, segundo interlocutores familiarizados com a situação. Agora, Bernardo terá a chance de voltar a ter controle total sobre o ministério e colocar Genildo Lins (atual secretário de radiodifusão) como secretário executivo, como era o plano inicial quando foi convidado para ser ministro. Outro cotado é Rodrigo Zerbone, atual consultor jurídico, este também cogitado para o conselho da Anatel.

Paulo Bernardo também já havia informado Cezar Alvarez que seu aliado Nelson Fujimoto, atual secretário de telecomunicações, perderia o cargo. Essa decisão havia sido tomada antes mesmos de se decidir pela saída de Alvarez. Para o seu lugar na secretaria de telecom foi convidado há algumas semanas Maximiliano Martinhão, atual gerente geral de certificação e engenharia de espectro da Anatel.

Outro sinal de desentendimentos no núcleo que cuida das telecomunicações do governo é que Rogério Santanna, atual presidente da Telebrás, ainda não foi avisado da mudança, nem mesmo informalmente. Ficou sabendo pelo Jornal O Globo, que antecipou a alteração nesse final de semana. Santanna e Cezar Alvarez eram aliados e estavam, até o começo do governo Dilma, alinhados sob o mesmo discurso. Mas Santanna não goza da simpatia de Paulo Bernardo, o que também acabou colocando Alvarez e Santanna em posição de divergência. Sem acesso ao Minicom, a Telebrás também perdeu contato com o Palácio do Planalto. Até hoje, a estatal não foi chamada pela presidenta Dilma para falar de sua atuação no Plano de Banda Larga.

Conceitualmente, a mudança em curso reforça o direcionamento do Ministério das Comunicações de priorizar as negociações com a iniciativa privada para viabilizar as metas do Plano Nacional de Banda Larga. Ainda não se sabe se a determinação da presidenta Dilma Rousseff para que a Telebrás seja o veículo para a construção de uma rede de alta capacidade no Brasil, com recursos de R$ 1 bilhão ao ano até 2014, será afetada no jogo político. Alvarez vai para a Telebrás sem garantias de que os recursos serão de fato liberados.

De Samuel Possebon


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Será que as telefônicas ganharam a batalha?

Será Santanna outra vítima da “priorização das negociações com a iniciativa privada”?

Clique aqui para ler “Blogueiros sujos de Fortaleza se preparam para o II Encontro Nacional”, onde este ansioso blogueiro (esses passarinhos …) revelava o que um passarinho lhe tinha contado: que a banda larga corre o risco de não ser universal, barata nem neutra.

Viva o Brasil!

Bom, se a banda larga subiu no telhado, imagine , amigo navegante, o destino da Ley de Medios.




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