A fábrica de dossiês do PSDB
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A fábrica de dossiês do PSDB


Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

O governo do estado de São Paulo mantém, há três anos, um contrato com uma empresa que, segundo seu proprietário, trabalha com "contrainformação" e faz "varreduras" em escutas telefônicas. Atualmente, Geraldo Alckmin (PSDB) ocupa o Palácio dos Bandeirantes, mas o contrato com a Fence Consultoria Empresarial Ltda. foi firmado durante a gestão de José Serra (PSDB) e foi mantido no período em que Alberto Goldman (PSDB) esteve no posto.

A consultoria Fence Consultoria Empresarial Ltda. pertence a um coronel da reserva, Ênio Gomes Fonteneli, e foi contratada em julho de 2008. No dia 19 de agosto, o Diário Oficial do Estado publicou a segunda prorrogação do contrato. As varreduras são feitas na Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), empresa de economia mista que gerencia toda a rede de dados do Executivo estadual. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.


A Fence protagonizou polêmicas em duas ocasiões. Na primeira, em 2002, integrantes do então Partido da Frente Liberal (PFL) – atual DEM – atribuíram a uma escuta clandestina feita pela empresa a origem da operação da Polícia Federal que descobriu R$ 1,4 milhão no cofre da empresa Lunus, de propriedade de Jorge Murad, marido da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, então pré-candidata ao Palácio do Planalto. A Fence havia sido contratada pelo Ministério da Saúde na gestão de José Serra, candidato do PSDB naquela eleição.

Naquele período, o tucano José Serra era o candidato do governo à Presidência da República quando despontou, com força no eleitorado (e em parte da mídia), outro nome da própria base governista de Fernando Henrique Cardoso, a pefelista Roseana Sarney. Mas a revelação de que a Polícia Federal teria descoberto R$ 1,28 milhão em dinheiro no escritório da Lunus colocou por terra sua candidatura.

A Fence mantém relações com José Serra. O Ministério da Saúde pagou R$ 1,8 milhões à empresa, contratada na gestão de José Serra.

Em 2009, a Polícia Federal indiciou o Coronel Fonteneli, dono da Fence, por "falsidade ideológica e falsa comunicação de crime" por ter afirmado a representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a existência de escutas telefônicas em linhas de magistrados. Os grampos, segundo dizia ele, teriam sido aplicados no TSE e no Supremo Tribunal Federal (STF).

Investigações foram realizadas, com toda a atenção da velha mídia, até que a Polícia Federal concluir que jamais houve qualquer grampo nas linhas telefônicas.




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