A janela e a rua - IGOR GIELOW
Geral

A janela e a rua - IGOR GIELOW


FOLHA DE SP - 24/07

BRASÍLIA - Absorvida a primeira onda de choque do abalo sísmico que mudou a paisagem do poder, ganha corpo no Planalto a percepção de que é preciso entrar em agosto com medidas de impacto --e que fujam de bruxarias como o malfadado plebiscito da reforma política.

A janela é curta, de duas semanas. A atual está tomada até domingo pela presença midiática do papa Francisco. Já a seguinte ainda não terá a volta do Congresso, onde o clima é de guerra campal e as faturas não param de ficar mais caras.

Segundo esse raciocínio, é agora a hora de mexidas, mas não uma ampla reforma ministerial, que só deve ocorrer mais à frente e poderá embutir alguma redução do desenho da Esplanada como vacina eleitoral.

Para esses governistas, é preciso tratar já de dois pontos nevrálgicos para a batalha da reeleição: economia e articulação política.

Guido Mantega inexiste como fiador de credibilidade. Dilma gosta de insistir em erros, e a inflação do meio do ano mantém o balão de oxigênio ligado sob os escombros na Fazenda.

Mas a economia está parada como um todo, como apontou ao "Estado de S. Paulo" Alexandre Tombini, presidente do BC. Entrevista que, por desancar a política fiscal na véspera do corte orçamentário de mentirinha anunciado por Mantega, foi vista como um manifesto.

Se é isso, não se sabe, mas Tombini tem hoje qualidades para ocupar a cadeira de Mantega, em caso de troca: a confiança da chefe e, supõe-se, o dom de acalmar os mercados.

Na articulação, vital para evitar que o governo passe o resto do ano sob fogo, o xadrez é mais difícil. Os nomes mais cotados para substituir Ideli Salvatti são Ricardo Berzoini e Aldo Rebelo, ambos com resistências de todos os interessados.

Para os defensores do uso da janela, o tempo corre. No governo, a expectativa é a de que a segunda onda dos protestos de rua venha no 7 de Setembro. E que seja ainda maior.




- O Caldeirão Dos 'nervosinhos' - Eliane CantanhÊde
FOLHA DE SP - 05/01 BRASÍLIA - O ano começou fervendo, com sensação de 50 graus no Rio, previsões tórridas na economia e borbulhas na política. Caldeirão perfeito para Copa e eleições. Mantega tratou de jogar água na fervura anunciando na primeira...

- 'ambiente De Pessimismo' - Eliane CantanhÊde
FOLHA DE SP - 18/07 BRASÍLIA - Enquanto a presidente Dilma Rousseff insistia no natimorto plebiscito para a reforma política, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, dava entrevista a Fernando Rodrigues, da Folha, defendendo o fim de 14 ministérios....

- Sem Refresco - Valdo Cruz
FOLHA DE SP - 15/07 BRASÍLIA - Depois do fracasso das manifestações das centrais sindicais, a onda de protestos, tudo indica, vai dar um tempo. Sinal de alívio para o Palácio do Planalto, mas não de que tudo voltará ao normal. Pelo contrário....

- Reforma Inevitável - Luiz Carlos Azedo
CORREIO BRAZILIENSE - 13/07 Dilma Rousseff foi convencida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que precisa mesmo fazer uma reforma ministerial, que ele considera mais importante e urgente do que a reforma política. A presidente da República...

- Brasil, Uma Onda - Eliane CantanhÊde
FOLHA DE SP - 30/05 BRASÍLIA - Este filme a gente já viu. No começo do ano, o ministro Guido Mantega estufa o peito e promete um pibão. No meio do ano, o mesmo Mantega diz que não é bem assim e revisa para baixo. No fim do ano, o mesmíssimo Mantega...



Geral








.