A mídia brasileira é antissindical
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A mídia brasileira é antissindical


Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Por Rosângela Ribeiro Gil, no site do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo:

Finalizando a atividade do seminário "Desafios profissionais e protagonismo do jovem engenheiro", do dia 7 de novembro, o painel IV reuniu os jornalistas Altamiro Borges, o Miro, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, João Franzin, da Agência Sindical, e Rita Casaro, coordenadora do setor de comunicação do SEESP. O tema tratado foi a democratização da mídia no Brasil.

Para Miro, há um consenso no mundo da forte influência da mídia na vida das pessoas e dos países e de que ela está nas mãos de poucos grupos econômicos. No Brasil, por exemplo, informou, são sete famílias controlando 80% do que se produz em termos de informação e comunicação em todo o território brasileiro. “É um grande poder que mexe com a subjetividade humana”, advertiu e explicou que esses grupos têm interesses econômicos e políticos e estão associados a bancos, indústrias de armamento e ao agronegócio. Com esse perfil econômico e político, “a mídia ajuda a construir e a destruir uma nação e reputações”.

Ele criticou a mídia brasileira que, diferentemente de outros países, não tem um projeto nacional. “Ela é totalmente colonizada, sem espírito democrático e não vacila em apelar ao autoritarismo, foi o que ela fez em 1964, ao preparar e apoiar o golpe civil-militar, e totalmente antissindical.” Por isso, prosseguiu, a sociedade tem o grande desafio de lutar pela democratização da comunicação, começando pela regulamentação dos artigos 220, 221, 222 e 223 da Constituição Federal, onde estão previstas a comunicação regional e as empresas de informação privada, pública e estatal.

Miro informou que já existe um projeto de lei de iniciativa popular com 33 artigos e que precisam ter mais de um milhão de assinaturas para ser apreciado pelo Congresso Nacional. Quem quiser conhecer o projeto e já assinar a matéria deve entrar no site www.fndc.org.br.

Invisível
João Franzin, que trabalho na imprensa sindical há 30 anos, disse que a própria engenharia propiciou avanços tecnológicos que ajudaram a comunicação dos trabalhadores, que hoje tem mais facilidade e rapidez em elaborar jornais e boletins informativos. A importância da imprensa própria das categorias se deve porque o trabalhador para a mídia comercial é clandestino e invisível. “Ele não existe para essa mídia.” Já a imprensa sindical é militante, engajada e tem lado e a melhor linguagem que ela tem é dizer a verdade sempre. “Falar a verdade é o que garante a credibilidade de um sindicato.”

Junto à evolução tecnológica na área da comunicação, disse Franzin, os trabalhadores também estão aprendendo a serem interativos, entrando nos sites e nos perfis nas redes sociais dos sindicatos. Na atualidade, o jornalista defende a horizontalidade da comunicação sindical, ou seja, os sindicatos devem falar mais sobre os assuntos de outras categorias, e não apenas as próprias.

Casaro reforçou que a imprensa comercial criminaliza a luta das categorias profissionais e, às vezes, torna as ações sindicais invisíveis. A coordenadora descreveu toda a área de comunicação do sindicato, que produz conteúdos para jornal, sites, redes sociais, programa de televisão, boletins e outras publicações. Ela pediu para que os estudantes, assim como os profissionais, acessem “os veículos do sindicato que são feitos para vocês”. E conclui: “O trabalho da comunicação serve à ação sindical.”




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