A outra
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A outra


Se eu contar, ninguém acredita. Pensando bem, se eu contar, todo mundo vai acreditar. Eh, meus amigos, eu levei OUTRA queda de bicicleta. Hihihihi Eu realmente não sei como isso acontece Uns vão dizer que é falta de atenção, mas eu acredito piamente que eu deva ter sido macumbada antes de sair do Brasil. Eh a quarta queda em terras francesas! Mas antes de narrar a coisa, quero dizer que eu estou bem - escutou sr. Viana?

Hoje, depois de uma sessão de faxina pela manhã e uma tarde sufocante numa sala de aula (assunto pra outro post...), decidi dar uma passada no Centro Comercial pra matar o tempo, porque Camilo iria encontrar um amigo salvadorenho e eu não teria porra nenhuma pra fazer em casa. Sai de la com uma compra feliz (assunto pra outro post!) e achei que minha noite seria tranquila: eu, em casa, deitada na cama, me deliciando com minha compra (relaxa, não foi um vibrador).

Ai la vai Luci, num frio do cacete, voltando pra casa de bicicleta. Ja a cinco minutos de casa, eu tenho que passar por um caminho muito chato onde tem uma rua muito estreita de um lado, o caminho do tramway no meio e outra rua do outro lado, também junto à linha do tramway. So que essas ruas são tão estreitas, que não cabe uma bicicleta e um carro ao mesmo tempo, então, pra que o carro não atropele os ciclistas, ele sobe na linha do tramway. Pra evitar acidentes (veja bem que menina precavida!) eu ando pela calçada que é superlarga, mas eu não gosto disso, porque acho que a policia não gosta disso. A policia não gosta de nada.

Na ultima vez que estive na calçada, NESSA calçada, uma velhinha fez sinal pra eu parar e disse "olha, cuidado com os pedestres, certo? Não quero te dar sermão, sei que esse é um assunto polêmico, mas cuidado". Ela disse na boa, sorri, agradeci e segui. Então, hoje eu tava andando como sempre ando pelas calçadas: devagar. Então, eu vi quando uma moto tava saindo de um prédio, o motoqueiro tava indo devagar, tranquilo, olhando pro lado esquerdo, so que eu tava vindo do lado direito. Ai comecei a fazer tilim tilim na campainha da bicicleta, mas não diminui a velocidade. E, como o cara não ouviu meu tilim tilim, ele acelerou a moto e CRASH, BING, PLOFT!


Nessa foto vocês podem ver meu amor pelo Google Maps e pelo Paint.
Na seta vermelha, eu. Na seta azul, ele. No ponto vermelho, nohs.


A unica coisa que eu ouvi na hora foi um grito de horror. O grito nem era meu, nem era do homem, era de uma menina que presenciou a cena. Correu um monte de gente pra me ajudar porque tinha uns jovens na calçada (eu falei "jovens?"). Ai eu me levantei e recuperei meu querido pé que estava preso em alguma roda. Enquanto tentanvam tirar a bicicleta que estava presa na moto do cara, percebi que a menina que tinha gritado tava do meu lado, com a mão no peito, totalmente ofengante. Eu perguntei se ela tava bem. Fiquei imaginando se a coisa tivesse sido com ela! O motoqueiro disse que tava tudo bem, que soh a pintura tava arranhada, ai eu, numa tentativa de ser espirituosa, disse, mostrando meu pé, que minha pintura também tinha arranhado. Ninguém riu.

Bom, quando vi minha bicicleta toda torta numa espécie de acasalamento com a moto do cara, tive vontade de gritar de raiva. Minha bicicleta é um dos melhores presentes que ja ganhei (né, cocô?) e eu não consigo passar um dia sem ela. Pra piorar, minha LINDA cestinha tava toda torta. Puta que pariu! Mas o cara foi gente fina, apesar da culpa ter sido completamente minha. Sai de la mancando, prendi minha bicicleta em qualquer lugar (ela tava inutilizavel) e sai pra pegar um velov.

Ja na estação, Camilo liga e, cinco minutos depois, o cara da moto me reencontra. Eu desligo o telefone e ele me diz que a pintura da moto dele foi cara e ele queria uma ajuda pra ajeita-la. Tirei do bolso minha tatica de choro antes praticada com o policial e disse que eu era femme de menage, que eu soh tinha 20€ no bolso e ele disse que isso tava bom. Ele foi simpatico, deu um toque do celular dele pro meu, pegou meu telefone e pediu meu endereço depois de dar o dele. Espero que ele não venha mandar a conta da pintura pelo correio, porque a moto era daquelas enormes, fuderosas!

Camilo tem que ensinado a ser uma pessoa menos dramatica, doida e estressada. Ele diz que é impossivel que eu controle meus impulsos, mas que eu posso canalizar meus sentimentos. Tão lindo! Então, quando vi a bicicleta fudida, a cestinha amassada e a carteira vazia (e ainda imaginando o conserto da bicicleta), fiquei chateada por um momento, mas canalizei a raiva. Enfiei ela no meu cu e ela repousa la até este momento. Amém.




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