A política é a única saída
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A política é a única saída


Por Bepe Damasco, em seu blog:

A situação é grave. Desde que a presidenta Dilma se reelegeu, a política de sabotagem ao seu governo transbordou da imprensa e ganhou novos protagonistas. Setores cada vez maiores do Judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal, e até do TSE, já não se constrangem em manifestar seu antipetismo doentio e visceral. Diante desse quadro preocupante, no qual articulistas do PIG, como Merval Pereira, defendem abertamente o golpe e Gilmar Mendes e Dias Toffoli tramam a reprovação das contas da presidenta, o silêncio e a falta de iniciativa política de Dilma e do seu núcleo político são incompreensíveis.

Quantas pessoas sabem que a Operação Lava Jato só foi possível graças à total autonomia de que desfruta a Polícia Federal? Quantas pessoas sabem que a prisão pela primeira vez de megaempreiteiros deve-se à decisão dos governos Lula e Dilma de respeitar o Ministério Público e a Justiça? Quantas pessoas sabem que os governos do PT aboliram a figura do engavetador-geral da República? Quantas pessoas sabem que o "esquema" na Petrobras existe desde os tempos de FHC? Quantas pessoas sabem que a Lava Jato envolve também gente dos partidos de oposição? Quantas pessoas sabem que as empreiteiras financiam candidaturas de praticamente todos os partidos?

A resposta é óbvia: muito pouca gente. E o desconhecimento deve-se em boa medida à política desastrosa de comunicação do governo, que oscila entre o silêncio mais inexplicável e uma ou outra fala presidencial tímida e insuficiente, passando por uma flagrante falta de vocação do governo Dilma para a luta política, para a disputa pelo imaginário das pessoas, para o embate com a mídia golpista. Não há quem faça Dilma entender que o cargo de presidente da República é um cargo político por excelência.

A ausência do governo do debate sobre a crise abre espaços generosos para o massacre midiático. A edição desta terça-feira (18) do Jornal Nacional merece um registro histórico: dedicou mais de 90% do seu tempo à Operação Lava Jato, com um tom catastrófico feito sob medida para passar a impressão de que o país está ingovernável e que a responsabilidade, no limite, é da presidenta Dilma. Daí para logo entrar em campanha explícita pelo impeachment é um pulo.

Até mesmo a raia preferida da presidenta, a gestão pública, parece ter sido afetada por um paralisia generalizada, inconcebível em quem acabou de ganhar uma eleição. Os boatos sobre a composição do novo governo que não se confirmam e as especulações mais contraditórias sobre o perfil dos novos titulares da Fazenda e do Banco Central acabam aumentando sensação de vazio de poder. A constatação daninha que o atual governo acabou e nada é feito para dar o pontapé inicial para o próximo só contribui para agravar a crise, encorajando a ação golpista dos inconformados com a quarta derrota eleitoral consecutiva.




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