|
http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
Por José Dirceu, em seu blog:As manifestações de ontem uniram a violência de pequenos grupos - não tão pequenos assim, basta assistir as cenas de Brasília e de outras oito capitais - organizados ou não, pouco interessa, com a adesão de uma minoria que tenta desestabilizar a democracia.
A maior parte dos manifestantes continua com as reivindicações por melhorias na saúde e educação, contra as tarifas e o péssimo transporte e os gastos nas Copas das Confederações e do Mundo, entre outras demandas. Mas há uma tentativa de setores políticos e sociais de tomar conta de alguns atos, deixando num segundo plano essas reivindicações majoritárias.
Com amplo apoio da mídia - que num primeiro momento taxou as manifestações de baderna e exigiu repressão -, esses setores procuram mobilizar abertamente sua base social de oposição para ir às ruas. Para tanto, inclusive explorando as palavras de ordem contra a corrupção, a PEC 37, contra os partidos, dando continuidade a uma agenda que a mídia alimentou esses últimos anos contra a política em geral, o que sempre acaba em ditadura.
Tentam cooptar a juventude que iniciou os protestos para esse rumoCom cuidado e insistência, a Rede Globo – que é quem mais ganha com a Copa das Confederações – separa a violência que ontem se estendeu por todo país (como reconhece hoje a manchete da Folha), das manifestações. Mas faz isso sem condenar essa violência, como fazia no início. Apenas destacando que ela parte de minorias.
Constrói, ao mesmo tempo, uma narrativa para tentar levar as manifestações para a oposição contra o governo. Isso não tira a legitimidade e o direito dos manifestantes opositores ao governo, mas a atual onda de violência não é vandalismo apenas. São atos políticos contra símbolos do poder constituído, contra a democracia, já que os saques são exceção. Muitos destes, também, são realizados por grupos organizados e não por saqueadores em busca de bens de consumo.
Há sinais claros, ainda, de que a Polícia Militar reprimiu grupos manifestantes pacíficos com fins políticos. Em São Paulo, assusta a passividade adotada pela PM. Ela não pode agir com repressão, mas não pode se abster de cumprir seu papel responsável de força policial.
Vamos nos unir mudando e aprofundando as reformas que fizemosSendo assim, é hora de o poder constituído ser exercido em defesa da democracia e das instituições.
Vamos nos unir na defesa do que fizemos, e seguir mudando e aprofundando as reformas que iniciamos, começando pela reformas política e tributária. Elas são indispensáveis para avançar nas mudanças sociais reclamadas com razão pela juventude, nos transportes, na educação e na saúde.
O GLOBO - 20/10 Trabalho preventivo é crucial para traçar estratégias de combate a grupos que pregam a violência, neutralizá-los e instruir bem inquéritos nos casos de prisão As multidões que saíram as ruas em junho não tinham uma pauta fechada....
FOLHA DE SP - 27/06 SÃO PAULO - Depois que a polícia de Alckmin reagiu com absurda violência contra manifestantes, passou a ser politicamente incorreto reclamar de protestos. Mas, ainda assim, por que o direito de alguém se manifestar vale mais do...
Por José Dirceu, em seu blog: Se fizemos uma rápida cronologia, o movimento dos órgãos de imprensa foi assim: no começo, pediam repressão contra os manifestantes que diariamente promovem concentrações em diversas cidades e capitais do país há...
Por Altamiro Borges Nesta terça-feira (25), as centrais sindicais brasileiras realizam reunião unitária para discutir o atual quadro político. Há certo consenso de que os recentes protestos no país, deflagrados a partir da luta pela redução da...
Por José Dirceu, em seu blog: Hoje, o Movimento Passe Livre volta às ruas para protestar contra o aumento nas tarifas do transporte público. Há outros atos previstos para esta semana. As manifestações continuam e vão crescer. Delas temos que tirar...