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Adilson Araújo vai presidir a CTB
Por Altamiro BorgesO bancário baiano Adilson Gonçalves de Araújo é o novo presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), sucedendo o metroviário Wagner Gomes no cargo. Ele foi eleito durante o 3º congresso nacional da entidade, encerrado neste sábado, em São Paulo. O evento reuniu 1,5 mil lideranças sindicais de todo o país e, além da escolha da nova direção, aprovou um plano de ação para o próximo período da luta de classes. Em seu discurso de posse, Adilson Araújo destacou as prioridades da CTB. “É preciso investir cada vez mais na formação dos trabalhadores e das lideranças sindicais para mantê-los preparados contra a ofensiva do capital. Atualmente as disputas e lutas pelos direitos trabalhistas passam pelo embate no campo político e ideológico – o que torna necessário ter grande capacidade de argumentação”, afirmou.
Conforme realçou, o patronato tem intensificado a sua ofensiva contra o trabalho para se safar da grave crise do sistema capitalista. “Para manter suas margens de lucro cada vez mais altas, os grandes grupos multinacionais, com o apoio ostensivo de governos neoliberais, exercem muita pressão para extinguir uma série de conquistas trabalhistas, decorrentes de lutas travadas pelas entidades sindicais no passado. Na Europa, a ‘troika’, formada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), tem imposto a adoção de planos de austeridade que colocam em xeque o bem-estar social nos países europeus, mais vulneráveis à crise que se instalou no velho continente”.
Mesmo argumentando que o Brasil está menos vulnerável à crise mundial e conquistou importantes avanços sociais nos governos Lula e Dilma, o novo presidente da CTB alertou que as ameaças ao trabalho também se manifestam no país. “Um bom exemplo disso é o Projeto de Lei 4330, que visa regulamentar e ampliar as terceirizações no país. A proposta do deputado Sandro Mabel (PMDB/GO) pretende permitir a irrestrita contratação de mão de obra terceirizada no país, tanto nas empresas públicas quanto nas privadas, o que promete precarizar o mercado de trabalho brasileiro. Nós, da CTB, somos contrários a esta proposta, que se apresenta como um verdadeiro ataque aos direitos garantidos pela CLT”.
Para Adilson Araújo, o sindicalismo deve forjar uma ampla unidade de todas as centrais para intensificar a pressão junto ao governo e ao parlamento. “Vamos manter a luta pelo fim do fator previdenciário, pela redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, sem perdas salariais, além da ratificação da convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho, da ONU) que permite a organização sindical no serviço público, assegurando a negociação coletiva e o direito de greve”.
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