Além de três meses - EDITORIAL FOLHA DE SP
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Além de três meses - EDITORIAL FOLHA DE SP


FOLHA DE SP - 05/09

Crescimento do PIB no 2º trimestre surpreende, mas resultados da indústria em julho lembram que cenário econômico continua ruim


O crescimento do PIB de 1,5% no segundo trimestre, em relação ao anterior, foi recebido com otimismo contido pelo governo.

Pela primeira vez em dois anos, houve uma surpresa positiva nesse resultado, já que os analistas, na média, esperavam alta próxima de 1%. Apesar disso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não mudou suas projeções para o desempenho da economia em 2013. Talvez escolado pelas frequentes revisões negativas, limitou-se a dizer que o "pior já passou".

É verdade, de certa forma, que "o fundo do poço já foi superado", para insistir nas palavras do ministro. Com os dados do segundo trimestre, diminuem as chances de o PIB crescer menos que 2% no ano.

Também é possível identificar elementos favoráveis nos itens do PIB. Houve, por exemplo, alta de 3,6% nos investimentos, enquanto consumo e gastos do governo foram mais contidos.

São aspectos auspiciosos, mas ainda incapazes de provocar alteração profunda no quadro estrutural, que permanece difícil.

A alta dos investimentos neste ano concentrou-se em alguns setores que tiveram péssimo resultado em 2012, como o de caminhões.

Já a produção industrial, que em julho apresentou redução de 2% em relação a junho, acumula aumento de somente 0,6% nos últimos 12 meses.

Ainda mais pronunciadas foram as quedas em bens de capital, de 3,3% --indicador desfavorável para o investimento--, e bens duráveis, de 7,2% --especialmente por causa do setor automobilístico, que tem operado com vendas cadentes.

Pesquisas de confiança industrial, de resto, têm indicado um padrão de estoques acima do desejado. A expectativa, por isso, é de novo recuo da produção em agosto.

O crédito também continua fraco. Dados do Banco Central mostraram redução de 4% das concessões de empréstimos para pessoas físicas em julho, revertendo os pequenos ganhos do primeiro semestre. Persiste, assim, a estagnação observada desde 2011.

Quanto à confiança de consumidores e empresários, verificou-se uma recuperação dos indicadores que haviam caído na esteira das manifestações de junho. Fica minimizado, por isso, o temor de uma desaceleração mais abrupta. Tampouco há exuberância. O mais provável, de fato, é um crescimento do PIB próximo de 2%.

O governo ainda espera que as concessões de infraestrutura, cujos leilões terão início neste mês, possam incentivar os investidores, compensando em parte os problemas dos últimos meses --sobretudo dólar e inflação em alta.

Não são pequenas as chances de bons resultados nesse processo. Mas seu impacto positivo, para ser duradouro, dependerá de progressos claros no controle da inflação e na gestão do Orçamento --e não há sinais evidentes de que tais avanços estejam em curso.




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