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Biscoito da sorte
Passar o dia inteiro no apartamento entre as atividades de cozinhar, fazer monografia e esperar o marido chegar, definitivamente, não é o plano de vida que tracei pra mim. Então, enquanto a coisa não melhora, pra aliviar o estresse e não ficar doida dentro de casa, eu pego minha linda e amada e adorada bicicleta (presente do amado) e vou dar uma voltinha. Acontece que Lyon é uma cidade doida! DOIDA! E às vezes, um inofensivo passeio de bicicleta se transforma em um pesadelo. E vocês sabem que eu sei bem do que eu estou falando.
Eu não me considero uma pessoa desastrada... até estar nervosa. Eu acho que eu sou bastante habilidosa pra certas atividades, mas quando eu tou em cima de uma bicicleta, me descontrolo. Se uma coisa dá errado, uma série de desgraças acontece até que eu chegue em casa. Por exemplo, assim que cheguei em Lyon (ano passado), quase fui atropelada por uma bicicleta que vinha em alta velocidade. Fiquei nervosa e, quando fui andar na minha bicicleta, caía cadeado do bolso, isqueiro... Depois, eu mesma caí da bicicleta por causa de uma freada que dei achando que eu fosse ser atropelada por um carro que estava... parado. Foi maravilhoso.
Depois do acidente de bicicleta sofrido recentemente, comprei um capacete e agora eu olho até pra cima quando vou atravessar uma rua. E agora é minha vez de reclamar dos sem-noção (eu posso, afinal, todas as vezes em que eu caí da bicicleta, eu coloquei somente a minha saúde em risco).
Andar de bicicleta em Lyon é realmente perigoso. E não é somente porque eu estou nas ruas (hihihi)! Existe uma rua perto de casa em que parece que as pessoas combinam de abrir as portas dos carros na hora em que eu passo. É quase sincronizado. Da vontade de arrancar porta, com retrovisor, com tudo. É uma pena saber que é mais fácil eu perder a bacia no impacto do que levar a porta do carro comigo.
E o que fazer com os suicidas? Semana passada eu tava andando no meio da rua em alta velocidade quando o semáforo à minha frente abriu. Continuei na velocidade que tava. De repente, vejo uma bola atravessar a minha frente e, logo atrás da bola, claro, um guri. Meus amigos, em um segundo esse mizerinha tava na calçada e, no outro segundo, ele tava a um metro de mim. Eu dei um grito e uma freada e não sei o que foi mais estridente. Eu fiquei a um palmo dele. O preocupante é que vi que ele sequer olhou pro lado, ou seja, ele não calculou errado a minha chegada, ele simplesmente não a viu. Podia ter sido uma moto, um carro, um jumento correndo (mas não, foi a sortuda aqui).
No dia seguinte (vejam bem, NO DIA SEGUINTE), eu tava na ciclovia andando tranqüilamente. Lá lá lá... Luci na ciclovia, pedestres na calçada, Luci na ciclovia, pedestres na calçada, de repente, Luci na ciclovia, mulher louca na ciclovia. Foi da meeeesma forma. A maluca botou a patona dela na ciclovia e se jogou sem nem mesmo se preocupar em olhar pros lados. Dispenso a culpa da criança que estava hipnotizada pela bola, mas e essa?
Eu queria ter aquelas buzinas de navio pra dar um fooooooooom no pé do ouvido da desgraça que atravessasse minha frente. Morre do coração, mas se livra de um atropelamento. Eu tou nesse tom, mas eu ri muito nesse dia. Quando essa mulher passou, eu dei um freio enorme, parei bem em cima dela, foi tão assustador que ela jogou uns biscoitos (ou bolo, sei lá que porra era aquilo) pro ar. Ela deu um grito e jogou os braços pra cima. Aí ficou pedindo desculpa. Ah, se eu soubesse falar francês. “Dona Maria, essa porra não mata, mas aleija!”
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