Por Altamiro BorgesPesquisa do IBGE revelou nesta semana que o desemprego em outubro passado foi o menor desde 2002, primeiro ano deste tipo de levantamento. Este é lado bom da moeda, que merece ser festejado. O ruim é que a pesquisa também apontou que o ritmo de criação de vagas perdeu força no país, como decorrência da grave crise que atinge a economia capitalista mundial.
Segundo o estudo, a taxa de desemprego baixou de 6% em setembro para 5,8% em outubro. É certo que esta queda reflete uma tendência “natural” do final do ano, quando o comércio e serviços contratam mais. De janeiro a outubro, a taxa média ficou em 6,2% - o que também é uma marca histórica, abaixo da registrada em 2010 (6,7%), quando a economia teve forte crescimento.
Efeitos da desaceleração da economiaMas o Brasil não é uma ilha, como disse recentemente a presidenta Dilma. Mesmo estando em melhores condições para enfrentar a crise mundial, o país já sofre os seus efeitos. A projeção é de que a economia em 2011 cresça menos de 3,5% - taxa bem inferior aos 7,5% de crescimento do PIB no ano passado. Um dos efeitos imediatos é o da redução do ritmo da geração de emprego.
A criação de vagas nas seis principais regiões metropolitanas do país já perdeu fôlego. Caiu da média de 2,2% de crescimento em 2010 para apenas 1,5% em outubro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Comércio e serviços, com trabalho mais precário e salário mais arrochado, foram os únicos setores com crescimento do número de pessoas contratadas.
Cenário mundial exige mais ousadiaAlém da queda no ritmo da criação de empregos, o estudo do IBGE também constatou a retração no rendimento do trabalhador, que caiu 0,3% de setembro para outubro. De janeiro a outubro, a renda média do trabalhador cresceu 3%, velocidade inferior à registrada em 2010 (3,8%). Temendo os efeitos da crise mundial, as empresas cortaram horas extras e adiaram investimentos.
Diante da rápida degradação do capitalismo mundial, o governo Dilma toma algumas medidas para reanimar a economia interna, reduzindo juros, afrouxando o crédito e liberando novas dívidas nos Estados para investimentos. Mas elas se mostram tímidas. Ou o governo enfrenta a ditadura do capital financeiro, ou os trabalhadores sentirão piores impactos na renda e no emprego.
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