O desemprego no Brasil em outubro subiu a 7,9%, o maior para um mês de outubro desde 2007. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na avaliação do instituto, o resultado foi estável na comparação com setembro, quando era de 7,6%. Em relação a outubro de 2014, quando era de 4,7%, o aumento foi de 3,2 pontos percentuais.
Os dados fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
Nesta quinta-feira, o instituto também divulgou pesquisa com dados do emprego na indústria em setembro. Segundo o levantamento, o total de trabalhadores caiu 0,7% em setembro, na comparação com agosto, nono mês seguido com resultado negativo. Em comparação com setembro de 2014, a queda foi de 7%, o maior desde 2000.
Número de desempregados tem maior queda desde 2002
O número de desempregados em geral no país foi estimado em 1,9 milhão de pessoas em outubro. O resultado foi estável na comparação com setembro, mas em relação a outubro do ano passado o aumento foi de 67,5%, ou 771 mil pessoas a mais em busca de emprego. Essa foi a maior variação percentual na série histórica da pesquisa, que começou em 2002.
O número de pessoas com emprego caiu para 22,5 milhões, 1% a menos do que em setembro (230 mil pessoas), e 3,5% a menos do que em outubro de 2014 (825 mil pessoas).
Desemprego em um ano aumentou nas 6 regiões
As seis regiões avaliadas tiveram aumento no desemprego em um ano: Salvador, de 8,5% para 12,8%; São Paulo, de 4,4% para 8,1%; Recife, de 6,7% para 9,8%; Belo Horizonte, de 3,5% para 6,6%; Rio de Janeiro, de 3,8% para 6% e Porto Alegre, de 4,6% para 6,8%.
Na comparação com setembro, a única variação registrada foi em São Paulo, com aumento de 0,8 ponto percentual.
Desta forma, o número de desempregados aumentou em todas as regiões na comparação com outubro de 2014. Os aumentos registrados em São Paulo (86,2%) e Belo Horizonte (82,4%) foram os maiores para essas regiões em toda a série histórica, que começou em 2002.
Em um ano, são 470 mil carteiras assinadas a menos
O número de pessoas com carteira assinada foi estimado em 11,2 milhões em outubro, permanecendo estável no mês, mas com queda de 4% em um ano, ou 470 mil trabalhadores a mais sem o registro na carteira.
Por regiões, frente a outubro de 2014, Recife (-8,7%), Porto Alegre (-7%), Belo Horizonte (-6,1%) e São Paulo (-3,3%) tiveram queda no número de carteiras assinadas. Segundo o IBGE, em relação a setembro deste ano, o resultado ficou estável nas seis regiões.
Trabalhadores estão ganhando menos
O rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores em outubro caiu para R$ 2.182,10. Na comparação com setembro, caiu R$ 12,61, ou 0,6%. Em relação a outubro de 2014, a queda foi maior, de R$ 163,71, ou 7%.
Regionalmente, no mês, o rendimento ficou estável em Salvador, São Paulo e Porto Alegre, e caiu em Belo Horizonte (-3,5%), Recife (-1,9%) e Rio de Janeiro (-1,1%). No ano, houve quedas em todas as regiões, sendo a maior em Salvador (-10,1%) e a menor em Porto Alegre (-5,8%).
IBGE vai acabar com PME
Em 2016, o IBGE vai acabar com a PME e com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário. Das três pesquisas mensais com dados de emprego, apenas a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua seguirá.
Segundo o instituto, a Pnad Contínua é mais abrangente que as outras duas pesquisas. Na última, com dados do trimestre encerrado em agosto, o desemprego subiu a 8,7%.
A última coleta da PME está programada para acontecer em fevereiro, com divulgação prevista para março.
Fonte:UOL
FOLHA DE SP - 23/05 Nível de emprego nas metrópoles empacou faz sete meses, mas sabemos pouco do outro Brasil MENOS GENTE procura trabalho, e o número de pessoas empregadas está praticamente estagnado desde outubro de 2013, está muito claro e sabido,...
FOLHA DE SP - 23/01 Criação de empregos foi a menor dos últimos dez anos, sinal de que perda de dinamismo da economia já afeta mercado de trabalho Espécie de ilha em meio a indicadores pífios, o mercado de trabalho alcançou, no ano passado, resultado...
Mesmo com o cenário econômico internacional nebuloso, a taxa de desocupação no Brasil em dezembro ficou em 4,7%, a menor desde 2002. A média anual foi de 6%, a mais baixa desde 2003, quando alcançou 12,4%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Emprego...
Por Altamiro Borges O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira que o desemprego em abril caiu para 5,8%. É a menor taxa desde 2002. Em abril do ano passado, o índice foi de 6%....
Por Altamiro Borges Pesquisa do IBGE revelou nesta semana que o desemprego em outubro passado foi o menor desde 2002, primeiro ano deste tipo de levantamento. Este é lado bom da moeda, que merece ser festejado. O ruim é que a pesquisa também apontou...