Bom, para Dilma, não é - ELIANE CANTANHÊDE
Geral

Bom, para Dilma, não é - ELIANE CANTANHÊDE


FOLHA DE SP - 12/07

BRASÍLIA - Todos se perguntam o que o "Dia Nacional de Lutas", ontem, teve a ver com as manifestações do vinagre, ou do tomate. Uma coisa foi uma coisa e outra coisa foi outra coisa? Talvez.

As manifestações começaram pela internet e ganharam voo pelo país afora, atraindo jovens, velhos, gente de diferentes profissões e de todas as faixas sociais. Sem líderes, sem partidos, sem bandeiras unificadas.

Já as lutas de ontem começaram nas centrais sindicais, animaram o MST e congestionaram algumas das principais vias do país com reivindicações setoriais. E tiveram não apenas um, mas dois líderes: as centrais pró-Dilma e pró-PT, capitaneadas pela CUT, e as contrárias, insufladas pela Força Sindical.

Assim como houve enorme perplexidade quando a classe média foi às ruas por, digamos, geração espontânea, há novamente uma interrogação sobre o que está por trás --e pela frente-- da revolta do sindicalismo. Mais uma vez, governos, políticos, academia e imprensa ainda não conseguiram definir exatamente o movimento de ontem e seus interesses.

Consta que foi Lula quem deu a ordem de comando para as centrais saírem da toca, mas botar gente na rua num momento de muita fragilidade do governo e com a presidente em queda livre nas pesquisas? Taí uma estratégia difícil de entender.

Sindicatos protestam por emprego, renda e condições de trabalho, e a jabuticaba da estação é que a economia chacoalha, mas justamente emprego e renda resistem. Ou seja: tecnicamente, não há motivos para protestos sindicais. Se não há tecnicamente, só podem ser políticos.

Está aí o pulo do gato. As centrais pegaram carona na insatisfação geral, mas são tão atreladas ao capital que podem ter ido às ruas com o patronato por trás. Moral da história: Lula tentou manipular a CUT, mas a manifestação é muito mais de empresários do que de empregados.

E, se não é explicitamente contra Dilma, a favor certamente é que não é.




- Sindicalismo Vencido - Editorial Folha De Sp
FOLHA DE SP - 13/07 Se pretende recuperar prestígio e terreno perdido, movimento sindical deveria deixar de agir como apêndice de partidos e governos As manifestações organizadas no país para o chamado Dia Nacional de Lutas foram uma tentativa das...

- Os Ruídos Da Resposta - Miriam LeitÃo
O GLOBO - 12/07 A ideia inicial do governo era, no Dia Nacional de Lutas, mostrar que ainda tem controle sobre as ruas, através das centrais sindicais que, direta ou indiretamente, estão ligadas a ele. Mas o balanço é melancólico. Houve confusão,...

- Protesto De Trabalhador Não é Manchete
Marcelo Camargo/ABrPor Altamiro Borges O Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações, liderado pelas centrais sindicais nesta sexta-feira (30), não recebeu a devida cobertura da mídia patronal – como já era de se esperar. Ocorreram greves, atos...

- Centrais Planejam Protestos Em Agosto
Por Viviane Claudino, na Rede Brasil Atual: O Dia Nacional de Lutas fortaleceu o sentido de unidade entre a classe trabalhadora, chamou a atenção para pautas que são de toda a sociedade e preparou o terreno para novas manifestações, caso Congresso...

- 11 De Julho E A Mídia Seletiva
Por Altamiro Borges Os portais de notícias dos conglomerados midiáticos mudaram totalmente o tom na cobertura do Dia Nacional de Lutas com Mobilizações e Greves, convocado pelas centrais sindicais. Até o meio dia desta quinta-feira (11), eles voltaram...



Geral








.