Cachoeira respinga no PPS
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Cachoeira respinga no PPS


Por Altamiro Borges

A Operação Monte Carlo da Polícia Federal continua respingando nos partidos que posam de arautos da ética. A nova vítima é o PPS de Roberto Freire. Neste final de semana, o deputado federal e ator global Stepan Nercessian admitiu que pediu empréstimo de R$ 175 mil ao mafioso Carlinhos Cachoeira para viabilizar a compra de um apartamento.
“Para mim, ele era um empresário”

A exemplo do senador demo Demóstenes Torres, ele afirmou que desconhecia as atividades criminosas de Cachoeira, de quem é amigo há 19 anos – ambos são de Goiás. “Para mim, ele era um empresário. Não estava pedindo dinheiro ‘dado’. Era para devolver”, justificou. Ele também jura que acreditava “completamente” que o dinheiro era legal!

Nercessian também disse que só usou R$ 15 mil do valor solicitado. “Estava fazendo o empréstimo com um banco e, na hora ‘H’, fiquei com medo de não sair o dinheiro e pedi para ele, para não perder o negócio. Ele é um cara que eu sei que se eu pedisse ele emprestava. Acabou que o empréstimo saiu e não precisei do dinheiro”, explicou.

Medo do celular grampeado

A escuta telefônica da PF flagrou as conversas da transação. Numa delas, Cachoeira pede para depositar o dinheiro na conta do deputado. Noutra, o mafioso passa para um funcionário o número do celular de Nercessian, que ele usa até hoje, e alerta “que não é mais para usar o celular porque tem medo de estar grampeado”.

Diante da revelação da escuta, o deputado carioca pediu licença temporária do PPS neste sábado (31). “Qualquer coisa que tenha que fazer para esclarecer, a primeira coisa que farei é me licenciar. Mesmo eu estando tranquilo, o PPS não merece ser envolvido”. Ele também anunciou que vai se desligar da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara Federal.

De braços dados com a direita

O deputado pode até ter sido "ingênuo", como ele mesmo admitiu em entrevista ao Estadão. Já Roberto Freire, dono do PPS, nunca foi inocente nos seus ataques raivosos aos adversários políticos, sempre se travestindo de arauto da ética. Ele talvez nem conheça o mafioso Carlinhos Cachoeira, mas adorava andar junto com o demo Demóstenes Torres e outros direitistas do Congresso Nacional. 




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