CASO ELOÁ
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CASO ELOÁ



Parecia ser brincadeira, diz Lindemberg; sentença vai sair amanhã


ANDRÉ MONTEIRO
TALITA BEDINELLI
FONTE FOLHA DE SÃO PAULO
Terminou às 19h45 desta quarta-feira o depoimento de Lindemberg Alves Fernandes. O rapaz é acusado de matar a ex-namorada Eloá Pimentel após mantê-la em cárcere privado por mais de cem horas, em outubro de 2008.
O julgamento foi interrompido e voltará amanhã às 9h com debates. Depois disso, será a sentença do réu.
Durante as perguntas da acusação, Lindemberg foi questionado sobre a veracidade de sua versão da história. Ao que respondeu: "Eu estou pagando pelo que fiz. Vários advogados me procuraram dizendo que tinham artifícios para eu negar a autoria e eu nunca fiz isso. Estou com a consciência tranquila de que estou falando a verdade."
O réu também respondeu rapidamente a questões da defesa, que perguntou sobre como era o clima dentro do apartamento com Eloá e a amiga dela Nayara Rodrigues. Ele afirmou que eles ouviam música, conversavam bastante e Eloá chegou fazer um pavê.
"Dá ate vergonha de falar isso, mas às vezes a impressão é de que não passava de uma brincadeira", disse.
Já a acusação tentou mostrar o oposto através de suas perguntas --que o clima era de tensão, ele era violento e que as pessoas não saíam do apartamento por medo.
Ele também reafirmou que não tinha intenção de matar Eloá ou Nayara e disse que não teve, nem tentou ter relações sexuais com as jovens durante o cárcere.
Sobre sua rotina no presídio de Tremembé, o réu disse que faz exercícios físicos, trabalha e estuda a Bíblia. Também afirmou que na prisão aprendeu a "respeitar qualquer ser humano".
Nos momentos finais Lindemberg disse que ainda ama Eloá.
O réu responde por 12 crimes. Além do homicídio contra Eloá, ele é acusado por tentativa de homicídio (contra Nayara --amiga de Eloá-- e contra o sargento Atos Valeriano), cárcere privado (contra Eloá, contra os dois amigos dela e duas vezes contra Nayara, por ter retornado ao cativeiro) e por disparos de arma de fogo. Este é o terceiro dia de seu julgamento, que acontece em Santo André (Grande SP).
André Monteiro/Folhapress
Plenário onde acontece o julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, no Fórum de Santo André, Grande SP
Plenário onde acontece o julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, no Fórum de Santo André, Grande SP
RELEMBRE O CASO
Eloá Pimentel, 15, foi rendida pelo ex-namorado no dia 13 de outubro de 2008 e mantida em cárcere privado por mais de cem horas dentro do apartamento em que morava em um conjunto habitacional do Jardim Santo André, em Santo André.
Na ocasião, a adolescente estava em companhia de três amigos --dois garotos liberados no mesmo dia e de Nayara --também com 15 anos-- que, apesar de ter sido libertada 33 horas depois, retornou ao apartamento no dia 16 de outubro.
O desfecho do caso ocorreu na noite do dia 17 de outubro quando a polícia invadiu o apartamento, alegando ter ouvido um tiro de dentro do imóvel. A acusação diz que o rapaz atirou contra Eloá e Nayara, causando a morte da ex-namorada e ferindo a amiga dela na boca.
Durante as negociações, Lindemberg também teria atirado contra o sargento da PM Atos Valeriano. Ele foi o primeiro PM a chegar ao local e negociou a rendição de Lindemberg por cerca de 22 horas, até que o Gate assumisse.
Lindemberg responde por 12 crime. Entre eles estão homicídio qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio (contra Nayara e contra o sargento Atos Valeriano), cárcere privado (contra Eloá, contra os dois amigos e duas vezes contra Nayara, por ter retornado ao cativeiro) e por disparos de arma de fogo.
Lindemberg e Eloá namoraram por três anos e estavam separados havia um mês quando ocorreu o crime.
André Monteiro/Folhapress
Ronickson Pimentel, irmão de Eloá, chega com a mulher ao Fórum de Santo André para o terceiro dia de júri
Ronickson Pimentel, irmão de Eloá, chega com a mulher ao Fórum de Santo André para o terceiro dia de júri




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