Cinco mitos sobre as mídias sociais
Geral

Cinco mitos sobre as mídias sociais


No Observatório da Imprensa:

O Washington Post publicou artigo do professor de estudos da informação e design Ramesh Srinivasan, da Universidade da California em Los Angeles, em que ele cita cinco mitos sobre as mídias sociais. São eles:


As mídias sociais dão poder às pessoas

Hoje, há mais de cinco bilhões de pessoas conectadas via telefones celulares, dois bilhões de internautas, 750 milhões de usuários do Facebook. É fácil interpretar estes números como indicadores de aumento de poder político e econômico. Mas o professor defende que, ainda que a tecnologia ajude bastante, não é suficiente para provocar mudanças na sociedade.

“Certamente há exemplos de como as novas tecnologias ajudam os menos favorecidos”, diz. Ele cita fazendeiros do Quênia e pescadores indianos que usam aplicativos de celular para driblar intermediários corruptos e conseguir preços em tempo real para seus produtos. Lembra de blogueiros que denunciam violações dos direitos humanos, da comunicação via redes sociais dos ativistas durante a onda de protestos nos países árabes, e da organização do movimento “Ocupem Wall Street”, contra o sistema financeiro americano, que teve início nas últimas semanas em Manhattan.

Mas para tirar melhor proveito da tecnologia, diz Srinivasan, as pessoas dependem de infraestrutura física e capital humano – incluindo aí eletricidade e educação.

Os governos facilmente monitoram e censuram as mídias sociais

O professor lembra que a internet é um meio muito mais difícil de ser monitorado do que veículos de mídia como televisão, jornais e rádio, que dependem, em grande maioria, de um sistema estabelecido de capital para funcionar. Com estes veículos tradicionais, governos podem mais facilmente detectar locais de transmissão ou impressão. Não é tão simples, por outro lado, monitorar uma plataforma formada por pessoas munidas de um laptop espalhadas pelo mundo.

O Facebook e o Twitter tornaram a Primavera Árabe possível

Ainda que as mídias sociais forneçam novas ferramentas de comunicação e engajamento a ativistas no combate à repressão, elas dificilmente são responsáveis por guiar movimentos sociais, diz Srinivasan, particularmente porque não necessariamente levam as pessoas às ruas. O professor diz que menos de 5% da população egípcia, por exemplo, usa Facebook, e menos de 1% tem conta no Twitter.

Mas ele concorda que as mídias sociais têm efeitos indiretos na mobilização de pessoas – ajudam lideranças ativistas a organizar suas redes e a mídia a moldar sua cobertura.

Apenas jovens usam as mídias sociais

No mundo ocidental, elas são usadas por pessoas de todas as idades. Nos EUA, 60% dos usuários do Facebook têm pelo menos 35 anos, e a média de idade de membros do Twitter é de 39 anos. Isso significa que grande parte da base de usuários destes sites não usava a internet até seus 20 anos de idade.

Segundo o Pew Resarch Center, dois terços de todos os adultos americanos usam redes sociais, e um estudo de 2010 descobriu que 42% dos americanos com mais de 50 anos estão incluídos nesta parcela.

As mídias sociais criam uma população global

Apesar da ideia de que a internet deveria unir pessoas de culturas e inclinações políticas diferentes, Srinivasan afirma que usuários de redes sociais raramente se aproximam de opiniões divergentes das suas.

As relações no Facebook, por exemplo, ocorrem pela ligação com amigos e interesses em comum. O sistema do site é programado para apresentar ao usuário informações e atualizações pelas quais – “acredita” o sistema – ele se interessa. A disposição das ferramentas das redes, como as comunidades e a possibilidade de ser “fã” de algo ou alguém, apenas reafirma visões políticas e culturais. Mudar isso é um desafio para as mídias sociais.

* Tradução e edição de Leticia Nunes.




- Oficineiros Debatem Ativismo Digital
Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé: Em oficina promovida pela parceria entre Barão de Itararé e Coletivo Digital, a apropriação das mídias sociais pelos movimentos sociais e o ativismo digital foram intensamente debatidos pelos oficineiros...

- Debate Sobre Comunicação No Fsm
Por Renata Mielli, no sítio do Barão de Itararé: O debate Resistência à crise, novos meios e alternativas de comunicação, organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em parceria com a ALAI – Agência Latinoamericana...

- Iii Fórum De Mídia Livre
Do sítio Conexões Globais 2.0: Dias 27 e 28 de janeiro 2012 (sexta e sábado) Manhã – 9h as 13h; Tarde – 14h as 18h Casa de Cultura Mário Quintana – Porto Alegre (RS) Programação Dia 27/01 – sexta 9h - Abertura Apresentação de temas e...

- As Mídias Sociais Bombam No Brasil
Por Gabriel Elizondo, da Al Jazeera, no blog Viomundo: O Brasil está se tornando rapidamente um dos mais ávidos consumidores mundiais de mídias sociais. Dos estimados 75 milhões de usuários de internet do país, 23% usam o microblog Twitter regularmente,...

- Petroleiros Debatem Militância Na Internet
Do sítio da Federação Única dos Petroleiros (FUP): Após o painel sobre Responsabilidade Social e Sindicalismo, os petroleiros participaram de outro debate que também diz respeito à responsabilidade social, mas desta vez, no segmento da comunicação....



Geral








.