CLASSE MÉDIA, AQUI ME TENS DE REGRESSO
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CLASSE MÉDIA, AQUI ME TENS DE REGRESSO


Grandes coisas da humanidade. Versão com fumaça.

Vou falar bem baixinho, quem sabe ninguém me ouça: compramos um carro. Eu podia ficar mais um tempão sem dirigir que não iria sentir falta, mas a necessidade falou mais alto. É que o maridão está trabalhando, ueba (ainda não recebeu nada parecido com salário, mas a gente espera que seja só uma questão de tempo), e logo logo ele terá que visitar várias escolas públicas de Joinville, pra dar aula de xadrez. E essas escolas ficam longe. E pode ser mais de uma por dia. Portanto, fica difícil não ter carro numa situação dessas.
Eu também pretendo usar o carro, umas duas vezes por semana, já que tenho duas alunas particulares seguidas, e pra ir da casa de uma à casa da outra em meia hora, de ônibus complica (de carro são dez minutos no máximo). Mas, juro, não tenho saudades de dirigir. Nem de estacionar, de tirar o carro da garagem, de se estressar no trânsito, de prestar a maior atenção enquanto dirijo. A gente vê a vida de um modo diferente de ônibus. Dá pra observar mais as coisas, não sei. E relaxar mais. E gastar muito menos.
Mas é aquela história: pelo jeito, estamos comprando um carro pra poder trabalhar. Daria pra viver sem trabalhar? Possivelmente sim, gastando bem pouquinho, que foi o que fizemos nos últimos meses. E pra gastar bem pouquinho, só não tendo carro. É um círculo vicioso. Pensando bem, nem vale a pena. O que o maridão vai ganhar no ano é pouco mais do que gastamos comprando o carro. É um exemplo clássico dessa síndrome de “trabalhar pra comprar coisas que no fundo não precisamos”. Eu torço pra que chegue logo o dia em que nem eu nem o maridão precisemos mais trabalhar muito. Aí, adeus carro. A gente se aposenta e aposenta o carro. Numa boa. Sem saudosismo.
Enquanto esse dia não chega, haja dinheiro. Quando vendemos o nosso Uno, em junho de 2007, pra podermos ir pros EUA, conseguimos 15 mil reais por ele. Era um Uno 2003. Agora eu queria um carro com baixa quilometragem, porque depois dos 50 mil km carro começa a dar problema (a menos que seja um Honda, pelo que me contaram). Acontece que o valor dos carros usados que vimos tá muito próximo ao do carro zero. Por 22 mil, a gente poderia comprar um Uno 2009 zerinho. Um de 2006 tava saindo por 19 mil! E as concessionárias, então, melhor nem falar. Até 20 mil por um carro de três anos atrás, com 60 mil km. Pesquisando, encontramos com um casal de Curitiba um Uno 2007 com 24 mil km por 17.400 (aí tem mais o seguro, IPVA, transferência, troca de óleo, estacionamento etc). Usar o transporte coletivo é tão mais barato e sem stress!
Como ficamos um tempão (quase dois anos) sem carro e, consequentemente, sem seguro, perdemos todo o bônus que tínhamos. Agora o seguro não sai por menos de mil reais. Anteontem peguei a lista telefônica e liguei pra umas dez corretoras pedindo uma cotação. Sabe quantas responderam? Quatro! Pô, ninguém quer trabalhar, não? Contei esse caso pra minha mãe e ela perguntou, sarcástica: “Mas logo aqui, na terra dos fenícios?!”. Porque SC tem a maior fama de estar cheia de “gente que faz”. Pessoal que adora trabalhar, ao contrário da fama dos baianos, por exemplo. E depois a gente ainda reclama de funcionário público...
Bom, agora que tenho carro, já estou de volta ao meu status de classe média. Ufa, que alívio!




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