CRÍTICA: ELIZABETH A ERA DE OURO / A rainha má e o pirata encantado
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CRÍTICA: ELIZABETH A ERA DE OURO / A rainha má e o pirata encantado


Normalmente detesto filmes com reis e rainhas, porque não gosto de monarquia, e o cinema tende a vangloriar essa espécie que deveria estar extinta. Mas devo ser a única pessoa no universo a ter apreciado mais este segundo Elizabeth (subtítulo: A Era de Ouro), que o primeiro, de 1998. O drama foi muito mal de bilheteria e os críticos totalmente torceram o nariz. Alguns até o incluíram na lista dos piores de 2007, o que acho um exagero sem tamanho. Gostei muito mais de Elizabeth que do badalado Maria Antonieta, que faz da rainha alienada uma vítima das circunstâncias que deveria ser perdoada por ser oh, tão fashion!

Aqui em Elizabeth também tem gente demais falando pra rainha “Você é sábia, você é a maior, você é uma grande rainha, você é tudo e eu sou nada, me joga na parede, me chama de lagartixa”. Bom, tem uma partezinha que eu inventei, talvez você tenha notado qual é. Iconizam legal a Elizabeth, mas depende de onde você olhar. Ela não deixa de ser uma manipuladora que adora o poder que tem. Gosta de mandar suas damas de companhia dançarem e de controlar a vida amorosa de todos ao seu redor. Se fosse um pouquinho mais perversa (digamos, se fosse rei) daria ordens à la Caligula. Enfim, ela é a luz, como a maquiagem em branco comprova (capaz de rivalizar apenas com Sweeney Todd). E sabe o porquê dessa maquiagem assustadora? Pra que ninguém desconfiasse que os soberanos envelhecem, como todos os mortais. Vê se a gente precisa disso! Graças a Deus evoluímos e hoje sabemos que as rugas vêm para todos, menos pros astros e estrelas de Hollywood.

A Cate Blanchett tá ótima, pra variar, mesmo que, sem peruca, ela pareça ainda mais magra que de costume. Aparenta estar doente. Ela ganhou sua indicação ao Oscar no momento em que olha pro Clive Owen e vislumbra a vida que teria com ele. Aliás, que pedaço de mau caminho é o Clive! Só ele pra fazer um pirata do século 16 com dentes perfeitos. Ele inteirinho é perfeito. Num mundo sem príncipes encantados, ele é o pirata encantado. Mas qual é a vantagem de ser uma rainha hiper poderosa e não poder dar umas beliscadinhas no Clive? É um erro feio do filme que o Clive ganhe sozinho uma guerra contra o maior império do mundo (na época, ainda a Espanha). Sei que a gente tá mais que acostumada a ver herói ganhando ganhando guerra sozinho (vide a vitória do Rambo no Vietnã), mas pra um filme que pretende ser histórico, fica um tanto ridículo.

Vamos combinar assim: se você quiser ler um texto demolindo Elizabeth, leia praticamente qualquer outro crítico. De mim você não vai ouvir muita coisa contra. Adorei o ritmo do filme. E se o Clive quiser piratear por essas bandas, me joga na parede, me chama de lagartixa.





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