CRÍTICA: JASON X / O xis da questão
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CRÍTICA: JASON X / O xis da questão


Liguei pro cinema para saber os horários e a gravação mencionou “Jason Xis”. Não “Jason Dez”, como eu, do alto da minha ingenuidade, pensei que fosse. Afinal, é a décima (e nem de longe a última) empreitada de “Sexta-Feira 13”. Mas pelo menos o pessoal pronuncia Jason corretamente. De repente, se eles falassem “Jazão Xis”, eu não reconheceria o filme.

Nenhuma surpresa que a franquia haja voltado. O último “Sábado 14” data de 1993, e inclui um tal de “Capítulo Final” no título. Tudo bem, porque antes dele, em 84, a parte quatro já se intitulava o fim. Mas o Jason é como as baratas aqui de casa – elas sempre voltam. Em cada episódio, os cineastas desconsideram tudo que aconteceu anteriormente e incluem elementos novos. No de 93, inventaram uma irmã. No oitavo, transportaram o elemento pra Nova York, mas é à noite, nem se vêem as torres gêmeas. Esta série, assim como “Halloween” e os pesadelos de Freddy Krueger, vem provar o que suspeitávamos: que matar adolescentes é um negócio muito, muito lucrativo.

No fundo, se analisarmos bem, constataremos que o grande feito da franquia que começou em 80 foi ter lançado o Kevin Bacon. Até hoje não consigo entender o que me levou a ver mais da metade desses filminhos. Teria eu alguma fantasia erótica com máscara de hóquei? Não mesmo. Será que me coloco no lugar das vítimas? De jeito nenhum. Gosto de ver teens sendo decapitados? Não necessariamente. Torço pro Jason? Fala sério! O cara é o maior mala. O sucesso desse tipo de cinema é algo sem explicação. Mas o “Xis” até que não é dos piores. Pelo menos tem humor, e nem sempre involuntário. Sem querer, o Jason é congelado e vai parar no ano 2455. Lá é reavivado pra poder trucidar jovens prafrentex. Infelizmente, os adolescentes daqui a quatro séculos são iguaizinhos aos de hoje. O futuro é sombrio.

Tentei contar quantas pessoas o Coisa Ruim mata aqui e cheguei a 25. Mas posso estar enganada. Não é um número exato, já que várias vítimas são assassinadas mais de uma vez. Uma delas é o David Cronenberg. Sabe o diretor de ótimas produções como “Gêmeos – Mórbida Semelhança” e “A Mosca”? Esse um aí. Ele é um cientista maluco meio vilão massacrado por Jason logo no início, provavelmente pra pagar por seus pecados por ter cometido “Crash”.

Foi só o Jason aparecer nas telas que um engraçadinho gritou “Saudades!”. Outros momentos hilários ocorrem quando um valentão leva uma facada que lhe atravessa as vísceras e diz: “Vai ser preciso mais do que isso pra me matar!”. Shuff! Outra facada e o sujeito, sem alterar o tom: “Ok. Isso deve dar”. Mas o mais bonitinho é o que tira sarro desses serial killers. Todos sabemos que Jason, Mike Myers, Freddy etc têm pavor de sexo. Pra eles, isso é pura sacanagem, com direito à pena de morte. É por isso que as heroínas (digamos, as sobreviventes) desses filmes são invariavelmente virgens. Então, o Jason tem uma fantasia virtual e se imagina de volta à Crystal Lake, onde duas mocinhas tiram a camisa e o provocam com declarações do gênero “Vamos fumar maconha! Eu gosto de sexo pré-marital!”, antes de entrarem no saco de dormir. A próxima tomada mostra o mascarado usando um dos sacos de dormir com a menina dentro pra espancar a outra. É bem cartoon nessa hora. E é cômico porque o bicho não costuma bater nas vítimas. Ele prefere facas, objetos pontiagudos, fálicos.

Este “Xis” é uma mistura de “Aliens”, “Robocop” e “Spaceballs”, com um toque de “Blade Runner” e Lara Croft, por conta da andróide. Mas o que ele me lembra mesmo é “Monty Python e o Cálice Sagrado”, quando o cavaleiro perde braços e pernas numa luta, sobrando só o tronco, e continua falando pro seu algoz: “Vai amarelar? Volte aqui, seu covarde! Ainda posso te morder!”.

Tá, o filme poderia ser um tiquinho melhor se explorasse mais nosso destino em 2455. Por exemplo, nesta data é possível que haja um “Jason 500”, se ainda existir cinema. Aí você liga pra confirmar horário e a gravação te informa: “Jason Dê”. Ainda bem que não viverei até lá.





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