Geral
Desemprego cresce na América Latina
Da Rede Brasil Atual:
A taxa média de desemprego na América Latina e no Caribe deverá subir a 6,7% este ano, após atingir uma mínima histórica de 6,2% em 2014, aponta o informe Panorama Laboral, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). "É uma cifra moderada, em comparação com as taxas de mais de uma década atrás. Mas é o primeiro aumento significativo em cinco anos", diz a OIT. Essa variação corresponde a um acréscimo de 1,7 milhão de desempregados na região, para quase 19 milhões, com destaque para mulheres e jovens. E a expectativa é de nova alta em 2016.
"Há três anos, a região é afetada por uma desaceleração econômica cujos efeitos acumulados podem ser descritos como uma 'crise em câmara lenta'. O impacto pleno dessa desaceleração nos mercados de trabalho foi sentido em 2015, e se prevê que continue em 2016, mesmo com melhora na taxa de crescimento econômico", diz a OIT.
O relatório mostra comportamentos distintos, com países mais ligados à economia norte-americana registrando taxas maiores de crescimento, enquanto outros são atingidos pelo chamado "efeito China" sobre a demanda e preços de produtos primários. Isso se reflete na taxa de desemprego, que sobe de forma mais moderada na América Central (de 6,1% a 6,7%) e no Caribe (de 8,2% a 8,5%), caindo de 5% para 4,4% no México. As maiores altas ocorrem na América do Sul (de 6,8% para 7,6%), "principalmente por influência do Brasil". Aqui, a OIT observa que a taxa média em 2014, de 4,8%, subiu para 6,7% até o terceiro trimestre deste ano.
Segundo o documento, há sinais de mudança de tendência nos indicadores de emprego, com deterioração da situação das mulheres e dos jovens, e indícios de alta da informalidade por meio de uma criação crescente de empregos de menor qualidade, com desaceleração no crescimento dos salários e aumento do trabalho por conta própria. "Essa situação é preocupante e impõe numerosos desafios a nossos países", diz o diretor regional da OIT, José Manuel Salazar, referindo-se à "crise em câmara lenta". Confirmados os prognósticos de crescimento em baixo ritmo, a OIT estima que a taxa média de desemprego na região poderá subir novamente no ano que vem, para 6,9%.
Ainda de acordo com o relatório, a desaceleração começou a atingir os rendimentos. Em 2006 e 2007, "fase de bonança" segundo a OIT, foram registradas taxas de crescimento de 3,9% e 2,9%, respectivamente, com crescimento abaixo de 1% a partir da crise de 2008 e recuperação para 2,3% em 2012 e ritmo menor no ano seguinte (1,1%), até chegar a uma quase estabilidade no ano passado (0,3%), próximo do observado em 2008 (0,2%).
"Os salários mínimos continuam crescendo na região, tendo em conta o período dezembro de 2014 a setembro de 2015. No entanto, em 9 de 16 países esses incrementos são menores que os observados em igual período do ano anterior", diz o documento.
-
O Brasil Muito Mal Na Economia Regional - Roberto Macedo
O ESTADO DE S.PAULO - 15/01 A Comissão Econômica da América Latina (Cepal), da ONU, divulgou no mês passado o seu Balanço Preliminar das Economias da América Latina e Caribe - 2014 (em espanhol e resumo em português). Nos últimos anos esse balanço...
-
Para Onde Vai O Desemprego? - Ilan Goldfajn
O GLOBO - 04/03 Não é comum ter desemprego baixo numa economia fraca. Em geral, a desaceleração da economia contamina o mercado de trabalho, pelo menos depois de um tempo. Mas nos últimos anos no Brasil o PIB tem crescido ao redor de 2%, enquanto...
-
Geração Perdida - Paulo Nogueira Batista Jr.
O GLOBO - 23/11 Desempregados por longo período perdem as qualificações Odesemprego é um dos mais problemas mais graves, senão o mais grave, em muitas partes do mundo. Em alguns países, alcança proporções de verdadeira catástrofe. Não se trata,...
-
O Desemprego No Ajuste Fiscal
Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual: O sentido geral das mudanças registradas no interior do mercado de trabalho em função da adoção de políticas de ajuste econômico aponta para a elevação da taxa de desemprego. Nas últimas três décadas,...
-
Ajuste Fiscal E O Desemprego Em Alta
Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site Brasil Debate: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que a taxa de desocupação do segundo trimestre de 2015 foi de 8,3% (medida de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de...
Geral