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O Ministério Público e a Comissão Investigadora do Crime Organizado (Cico) vão intimar mais pessoas a depor no inquérito que investiga a morte da estudante Fernanda Lages Veras. Entre elas um vigia e um operário que possivelmente estavam na obra do Ministério Público Federal na madrugada do crime.

A revelação é do promotor Eliardo Cabral. ?Essas informações procedem e, em harmonia com o senhor secretário de Segurança, estaremos focando, voltando toda nossa força e dedicação para isso?, afirma. Na opinião de Cabral, dentro do prédio do MPF estão as informações cruciais para a elucidação do caso.

O promotor mostrou certo descontentamento com a reconstituição dos últimos passos de Fernanda Lages. O procedimento realizado nesta quinta-feira (29) não incluiu a queda da estudante do alto do prédio. Ficaram lacunas e uma segunda etapa da simulação não está descartada. ?Fiquei um pouco descontente porque não houve queda; nem na escada não caiu ninguém, mas aí ficou ainda meio... Não foi uma falha. Foi feito consciente. Em breve será feito um complemento. Até onde foi possível ir nós fomos?, diz.

Ajuda externa

O Ministério Público do Piauí vai solicitar ajuda externa para a investigação. Um perito do Distrito Federal deve vir ao Piauí auxiliar os promotores na análise dos documentos produzidos a partir da junção das informações do IML de Teresina, da perícia criminal e dos exames realizados pelo Instituto de Criminalística da Paraíba.

?Já mantive contato com o perito do Distrito Federal para que ele pudesse vir até aqui e passar uns dois dias com os promotores que acompanham a investigação, no sentido de analisar e dar uma maior assistência na análise desses laudos que serão produzidos pela Secretaria de Segurança?, informa o promotor Ubiracy Rocha.

Fernanda foi assassinada

A convicção do Ministério Público Estadual é que Fernanda Lages foi assassinada. Apesar dos estilos diferentes, os promotores Eliardo Cabral e Ubiracy Rocha falam em harmonia sobre esse ponto.

?Trabalhamos com a convicção de que houve um homicídio?, afirma Ubiracy Rocha. Entretanto, falta esclarecer se a estudante ?estava só ou acompanhada por alguém ou alguém a esperava no prédio?. Já para Eliardo Cabral não resta dúvida: Fernanda foi atraída para a morte. ?Uma proposta irrecusável, irresistível levaram ela até a obra?, afirma




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