Geral
Dilma anuncia novo arrocho fiscal
Por Altamiro BorgesEm plena crise mundial, o governo Dilma Rousseff anunciou ontem um drástico corte de R$ 55 bilhões nas despesas públicas previstas para 2012. Além de ceifar as emendas dos parlamentares para os estados, gerando ainda mais turbulência política, a equipe econômica também reduziu os investimentos planejados para este ano, o que antes ela negava taxativamente.
No início da sua gestão, em janeiro de 2011, a presidenta já havia promovido duro corte no orçamento. A iniciativa ortodoxa, acompanhada por cinco aumentos consecutivos da taxa de juros, acabou retraindo a economia, que fechou o ano de 2011 com baixo crescimento. Agora, novamente, o governo é mais realista do que o rei e dá outro tranco na economia nacional.
Saúde e Educação serão afetadasEm entrevista, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, justificou que o corte orçamentário visa quatro metas: o crescimento de 4,5% no PIB neste ano, a manutenção dos investimentos prioritários como as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o fortalecimento dos programas sociais e a garantia de desenvolvimento das regiões mais pobres.
As metas até são boas, mas nada indicam que serão cumpridas. Além da redução dos investimentos, as políticas sociais também deverão sentir o impacto do pacote de austeridade. Entre as chamadas “despesas discricionárias”, os ministérios da Saúde e da Educação foram afetados, com contingenciamentos respectivos de R$ 5,47 bilhão e R$ 1,93 bilhão.
Banqueiros felizes da vidaComo alerta Umberto Martins, no sítio Vermelho, o novo ajuste tem um viés recessivo e antipopular. “Como os investimentos são a principal força motriz do crescimento, os cortes no Orçamento da União restringem a capacidade de expansão da economia. O contingenciamento de despesas no ano passado foi uma das causas mais relevantes da forte desaceleração do PIB no segundo semestre, ao lado dos juros altos e da crise mundial. Além disto, os cortes atingem áreas sensíveis, como educação e saúde, onde o déficit de investimentos é grande e a precariedade dos serviços públicos é vergonhosa e assustadora”.
Com este novo arrocho fiscal quem realmente sai ganhando, feliz da vida, são os rentistas que vivem da especulação. O valor de R$ 55 bilhões é o montante necessário, segundo o próprio governo, para garantir o chamado superávit primário – nome fictício da reserva de caixa dos banqueiros. O dinheiro é entesourado para bancar os rentistas. “As metas de superávits primários foram introduzidas no Brasil, por orientação do FMI, a partir de 1999, ainda no governo tucano de FHC”, lembra Umberto Martins.
-
Dilma 14 Sufoca Dilma 16 - Vinicius Torres Freire
FOLHA DE SP - 29/12 A presidente determinou ontem que seus novos ministros da economia deem um jeito de fazer com que os investimentos aumentem. Ou seja, que as empresas invistam em novos negócios, construções, equipamentos, máquinas. Ontem também...
-
Governo Anuncia Pacote De Maldade, População Vai Pagar A Conta
Após Dilma Rousseff se reunir com ministros no fim de semana, o governo anunciou nesta segunda-feira (14) o bloqueio de R$ 26 bilhões em gastos no Orçamento de 2016 e uma nova rodada de aumentos nos impostos. Joaquim Levy, ministro da Fazenda,...
-
A Lógica Perversa Da Austeridade Fiscal
Do blog de Zé Dirceu: Os novos cortes que o governo promoveu no Orçamento Geral da União, divulgados ontem (30), atingem basicamente obras do PAC, as áreas de Saúde e Educação. Mais da metade dos cortes foram em obras do PAC. Menos investimento...
-
De Quem é A Culpa Pelo “pibinho”?
Por Altamiro Borges Em 2010, último ano do segundo mandato do ex-presidente Lula, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,5%. Algumas mentes mais criativas batizaram este crescimento encorpado de “pibão”. Já em 2011, primeiro ano do governo Dilma,...
-
A Porrada Do Superávit Primário
Por Altamiro Borges O ministro Guido Mantega anunciou ontem um novo aumento do superávit primário – que é a reserva de caixa dos banqueiros. Os “analistas de mercado”, nome fictício dos agiotas do sistema financeiro, aplaudiram e querem mais....
Geral