ENSINO PÚBLICO DE POÇO VERDE É MANCHETE DE JORNAL!
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ENSINO PÚBLICO DE POÇO VERDE É MANCHETE DE JORNAL!


   Poço Verde foi novamente manchete na imprensa sergipana no fim de semana. Desta vez a educação nas redes públicas chamou a atenção acerca do descaso para com a fragilidade de algumas escolas principalmente as do povoado S. José. O alvo primário: a EM Caçula Valadares (atende em torno de 400 alunos) da rede municipal. Lá, "a falta de professores em diversas disciplinas durante praticamente todo o ano letivo, coloca em risco a possibilidade dos alunos ingressarem no ensino médio". Sobre os professores contratados para dar conta da escassez de profissionais, o jornal denuncia ainda por meio da diretora da unidade que "a influência política na escolha de quem é contratado" é preocupante.

O prefeito municipal respondeu à reportagem "Poço Verde;educação pública beira o caos" (foto à direita) que teve "um trabalho danado para conseguir um professor de matemática (?)" e que o secretário municipal de Educação informara que "nos próximos dias o professor já deve estar em sala de aula. Em todas as outras disciplinas tem professor" e alfinetando também o papel da direção arguiu o papel dela frente ao problema da reclamação dos alunos sobre as inúmeras faltas do professor de Geografia."Eu fiquei sabendo que o professor não estava indo trabalhar e até agora ninguém da direção da escola soube me explicar o que aconteceu!". Ele comumente onde quer que trabalhe deixa a desejar faltando constantemente às aulas.

Mirando as lentes para a vizinha, o JC visitou a EE S.José (atende 80 estudantes) que há anos não vê uma reforma nas instalações. Lá, alunos e professores compartilham o mesmo banheiro; a unidade é completamente aberta para a rua e as aulas funcionam em espaços não ventilados e inapropriados para o padrão escolar atual. A matéria foca a demora do governo estadual em garantir melhorias depois de mais de quatro décadas de funcionamento. Mesmo com um protesto da comunidade, paralisação, visita de engenheiro da SEED e apelo dos professores, a única certeza mesmo é a informação de que a reforma pode sair. Até que a probabilidade dê lugar a realização dos sonhos daquela escola,o descaso perdurará por algum tempo.

A CNNPV volta e meia abre espaço para tratar de problemas críticos na área da educação municipal como a falta de pagamento de motorista contratado para o transporte de estudantes pelo interior. Nos últimos anos, uma chaga recorrente do Estado tem infectado o município: com a transferência de professores para outros cargos; outros deles afastados por idade ou por algum motivo de doença tem aumentado consideravelmente a contratação de mais profissionais implicando aumento na folha de pagamento e, consequentemente, atraso salarial. 

Se não bastasse o gasto alto com reformas mal feitas das escolas na última gestão, várias denúncias da central já levaram a re-reforma de obras mal executadas. Aquelas que ainda não tiveram uma recuperação à altura sofrem com a demora do serviço. Na Escola Agrícola Pres. José Sarney (Terra Vermelha) a doença estrutural chegou à UTI (refeitório caindo aos pedaços, banheiros incompletos, instalação elétrica e fossa causando risco de acidente à comunidade estudantil). Na EM Porfírio V. da Silva,outro exemplo, há 4 anos os computadores do MEC ainda estão encaixotados (tal qual ocorre em outras escolas da rede) por que a prefeitura ainda não enviou profissional para adaptar a rede elétrica. O feito impede até hoje de a escola instalar os ventiladores que adquiriu com recursos próprios para salas de aula. O forte calor causado pelo teto forrado e janelas mal colocadas (impedem o ar de entrar e ventilar) tem expulsado a turma para acompanhar a aula no pátio (foto)
 

O mesmo problema do alunos da EM Caçula Valadares (S.José) que são obrigados a estudar num puxadinho (bar e com carteiras quebradas tal qual o último vídeo estudantil veiculado na rede social denunciando o problema) ocorre com os colegas do puxadinho da Porfírio Vieira (Saco do Camisa). O problema aqui é falta total de rede elétrica; telhas quebradas obrigando-os em dias de chuva assistir à aula debaixo de sombrinha; e segurança no recinto. Neste caso, o conselho escolar autorizou a compra de portas reforçadas para proteger a área. A escola pretende ainda construir juntamente com a comunidade nova sala para abrigar biblioteca e sala de vídeo. Algo só conseguido pela ex-diretora de escola modelo em estrutura na Lagoa do Junco com apoio do Ministério Público. 

A Secretaria Municipal de Educação tem tudo para mudar o quadro e acabar de vez com doenças que ela mesma foi partícipe durante os últimos anos ao cobrar melhorias no setor. 2014 não pode computar um novo mandato de erros tão primários quanto à falta de professores.




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