ESTATÍSTICAS PRA VOCÊ GUARDAR E USAR
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ESTATÍSTICAS PRA VOCÊ GUARDAR E USAR


Reação das mulheres e meninas ao perceber como a mídia nos retrata

O documentário Miss Representation deveria ser visto por todos, principalmente por pessoas jovens. Ele explica muito bem como as mulheres ou não são representadas na mídia, ou são representadas de forma negativa, limitada ou claramente mentirosa. E que essa imagem que a mídia (e, óbvio, não só a mídia, mas este é o foco do filme) passa das mulheres não apenas influencia diretamente como as meninas se veem, como também é devastador para toda a sociedade. Já falei um pouco do doc aqui (e, como já escrevi montes de posts relacionados a nossa realidade, ponho alguns links nos lugares certos).
Neste post só queria reproduzir algumas das dezenas de estatísticas que Miss Representation coloca, para que que vocês possam usá-las em artigos. Claro, elas se referem à realidade americana, mas não são tão diferentes das nossas.
Qualquer uma dessas estatísticas já rende um bom debate. Por isso, recomendo fortemente que professoras e professores do ensino médio e superior passem o filme para a classe e dediquem algumas aulas para discussões sobre a representação da mulher na mídia. 

53% das meninas de 13 anos sentem-se infelizes com seus corpos.
Este número sobe para 78% quando as meninas chegam aos 17 anos.
65% das mulheres e meninas sofrem distúrbios alimentares.
17% das adolescentes se autoflagelam.
Índices de depressão entre mulheres e meninas dobraram entre 2000 e 2010.
Anunciantes americanos gastaram US$ 235,6 bilhões em 2009. [Quem ainda não viu o documentário brasileiro Criança, a Alma do Negócio tem que ver].
80% dos países no mundo têm PIB menor que isso.
Americanas gastam entre 12 mil e 15 mil dólares por ano em produtos e salões de beleza.
Número de cirurgias realizadas em jovens com menos de 19 anos mais do que triplicou entre 1997 e 2007.
Um facelift custa em média US$ 11.429. Isto é suficiente para pagar 5 anos de faculdade pública, 2 anos de universidade estadual, 1 ano na Universidade da Califórnia.
Ainda que mulheres sejam 51% da população dos EUA, elas são apenas 17% do Congresso. A eleição intermediária de 2010 foi a primeira vez que as mulheres perderam participação desde 1979. Seguindo este ritmo, as mulheres não alcançarão a igualdade por 500 anos.
Nos EUA, 34 mulheres já foram governadoras de estados... contra 2319 homens. E, óbvio, eles ainda não tiveram uma mulher presidente. Nem terão nas próximas eleições, em novembro.
EUA não dão exemplo de igualdade: 67 países no mundo tiveram presidente ou primeiro-ministro mulher. Mas não eles.
EUA são número 90 do mundo em termos de mulheres em legislaturas nacionais. (Cuba, China, Iraque e Afeganistão têm mais mulheres no governo que os EUA). [Brasil é número 141. Por isso, vote em candidatas de esquerda para prefeita e vereadora agora em outubro.]
Apenas 16% dos protagonistas em filmes americanos são do sexo feminino.
Entre 1937 e 2005, houve apenas 13 protagonistas do sexo feminino nos desenhos animados. Todas, exceto uma, estavam em busca de uma relação romântica.
Hipersexualidade de Hollywood: mais de 20% dos adolescentes fazem sexo antes dos 14 anos.
Nos EUA, mulheres na adolescência, nos seus 20 e 30 anos representam 39% da população. Mas são 71% das mulheres na TV.
Mulheres com 40 anos pra cima são 47% da população. Na TV, são 26%.
A mídia como propriedade dos homens: Mulheres possuem apenas 5,8% de todas as estações de TV dos EUA e 6% das estações de rádio.
Mulheres detêm 3% de posições de poder em telecomunicações, entretenimento, publicações e propaganda: “Isso quer dizer que tudo que você sabe de si, do seu mundo, vem de uma perspectiva masculina. Não quer dizer que seja errado, apenas que, numa democracia, em que falamos de igualdade e participação, metade da população não participa”, diz Carol Jenkins.
No cinema, mulheres representam 16% de todos os roteiristas, diretores, produtores, diretores de fotografia, e editores. E só 7% dos diretores e 10% dos roteiristas são mulheres.
As matérias jornalísticas sobre mulheres e meninas não chegam a 20%. “Você deve se perguntar: que papel eu tenho nessa cultura? Há um termo acadêmico pra isso: aniquilação simbólica”, diz Martha Lauzen, diretora executiva do Centro de Estudos da Mulher na TV e nos Filmes, da Universidade de San Diego.
Uma em cada quatro adolescentes sofre violência no seu namoro.
Uma em cada quatro mulheres sofre abuso do parceiro ao longo da vida.
Uma em cada seis mulheres é sobrevivente de estupro ou tentativa de estupro.
15% das sobreviventes de estupro têm menos de 12 anos.
Os estereótipos de gênero são péssimos também para os homens: 1 em cada 18 homens nos EUA está atrás das grades, ou sendo monitorado.
70%  das mulheres no mercado de trabalho são mães. Mas os EUA são a única nação industrializada sem licença familiar remunerada, creches públicas, políticas de horários flexíveis.
Num cenário tão devastador, como pensar que isso não afeta as meninas e mulheres na sociedade?
"A maneira mais comum que as pessoas abrem mão de seu poder é acreditando que não o têm" - da grande escritora Alice Walker.




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