Sera que algum blogueiro vai fugir à regra de escrever sobre o Natal ou de fazer um balanço de como foi seu ano? Ou melhor, fazer listinhas de coisas a se fazer no proximo ano? Eu fico com o balanço, ja que acho que meu 2009 foi bem movimentado, onde de tudo aconteceu.
1. Adeus, solteirice (09/jan)Ja no nono dia do ano, Camilo e eu nos casamos. Claro que foi mais uma medida que visava facilitar minha entrada na França do que qualquer outra coisa. Mas nem por isso eu deixaria de comemorar o fato de poder ficar ao lado dele, da forma que nos escolhemos. Mais sorte da proxima vez, Sarko.
2. Adeus, vida pedestre (28/abr)Sabendo que na França o custo pra se tirar uma carteira de motorista é exorbitante, ai meu deus, eu fiz aos 23 o que deveria ter feito ha muitos anos: aprendi a dirigir. Pra falar a verdade, nunca tive muito desejo de aprender a dirigir (o tempo que levei pra fazer isso prova o que tou dizendo), mas minha mãe disse que é util, e se mãe diz, então é verdade. Espero que eu me saia melhor com o carro do que com a bicicleta.
3. Adeus, Brasil (21/mai)Dei adeus ao mar e me instalei em Lyon. E, parafraseando um amigo: foi melhor e pior do que eu pensei. Arabes, segurança, burocracia, frio, quedas de bicicleta (muitas), queijos, liberdade, solidão. Independência.
4. Adeus, graduação (17/ago)O segundo dia mais feliz do ano!
Tudo o que sinto quando penso nessa data é "alivio". Acabou! Foram sofridos os ultimos momentos. Espero que tenha sido a primeira e a ultima vez em que estudei algo que não gostasse (me refiro somente à monografia, ja que o curso em si deveria ser obrigatorio pra qualquer ser humano que se preze). De qualquer forma, sou uma pessoa formada. Alias, eu e o namorado, que se formou no mês seguinte.
5. Adeus, desemprego (17/set)Trabalhar como faxineira não faz parte dos meus sonhos mais ambiciosos, mas tem pago minhas contas e minhas cervejas. E, mais do que significar uma simples mudança de status empregaticio, esse emprego assinalou uma "profunda mudança no meu ser". Ha três meses, eu era uma meninota chorona e ansiosa, que ciscava antes de dar qualquer passo. Agora eu soh sou ansiosa. Esse emprego foi o inicio da verdadeira adaptação, é o que me da, até hoje, a sensação de que eu tenho dominado o espaço, de que eu tenho abarcado o ambiente. Eh o que faz com que eu sinta que pertenço um pouco a esse lugar.
6. Adeus, ignorância (?)A cada dia que passa, eu fico mais feliz e empolgada com minha compreensão em relação ao francês. Ainda falta uns meses e um bocado de esforço até que eu possa dizer que "eu sei falar francês", ja que eu nem mesmo consigo conjugar os verbos corretamente, mas o medo de sair de casa ja passou e a sensação de liberdade soh cresce.
7. Oi, Paul! (10/dez)Mwwhahaha!
Esse foi o melhor dia do ano!
Nem vou mais comentar, que é pra não afugentar os leitores, mas fica aqui o (milésimo) registro! Ano lin-do [foto de Priscila Tanaami - obrigada!].
Bom, é isso. Acho que foi um ano proveitoso, não? Mas soh aproveitando que tou falando de coisas boas, queria dividir com vocês a grande felicidade que eu sinto, que eu tou sentindo, em ter Camilo do lado. Hihi. (ele não lê meu blog, logo, a contemplação é gratuita). No final das contas, é ele que faz com que os momentos que não são assim, dignos de topicos de blog, sejam fodas. Em cada ponto desse, ele esteve colocando minha moral la em cima. Minha auto-estima deve muito a ele. Tenho sentido que eu posso muito mais do que eu poderia imaginar. Ele me faz respirar muito melhor e é por isso que, apesar de toda dor que eu sinto aqui nesse peito dilacerado de saudade, vale a pena ficar aqui. Eh como ele mesmo diz: "tu é minha casa". Então, àqueles que realmente gostam de mim, vai o recado: porra, eu tou feliz!
E que ano bom!
La vai. Eu e meus irmaos crescemos ouvindo, quase que diariamente, que estavamos abaixo intelectualmente das outras pessoas. Ouvindo de quem? Do nosso querido genitor. Eu sempre fui comparada à filha do gerente do banco em que ele trabalha, à filha...
Eu poderia até dizer que esse post é fruto da minha TPM, mas eu nao tou com TPM. O post é de graça e ja faz um tempo que eu venho pensando em escreve-lo. Sei que cada pessoa que decide morar fora do seu pais tem uma experiência unica em relaçao...
Esse é um post pra enrolar vocês enquanto viajo (espero que funcione). Chegamos em Berlim na quinta-feira, super cansados e ainda tivemos a noticia do nosso anfitriao de que nao poderemos nos hospedar durante a semana na casa dele como haviamos combinado,...
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Por José Coutinho Júnior, no jornal Brasil de Fato: E se eu morrer como resistente Minha querida, adeus, minha querida, adeus, minha querida, adeus! Adeus! Adeus! E se eu morrer como resistente Tu deves sepultar-me E sepultar-me na montanha Minha querida,...